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Internacional
Sexta - 25 de Novembro de 2005 às 21:14

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O ex-político servo-bósnio Miroslav Deronjic foi levado à Suécia para cumprir sua condenação de dez anos de prisão por crimes de lesa-humanidade, confirmou hoje o diretor-geral de Instituições Penitenciárias, Lars Nylen.

Deronjic foi presidente das autoridades de guerra de Bratunac, uma cidade próxima a Srebrenica (Bósnia oriental), e membro do comitê central do partido nacionalista sérvio SDS, do ex-líder Radovan Karadzic.

Ele foi condenado pelo Tribunal Penal Internacional para a antiga Iugoslávia (TPII) por ser responsável pelo ataque contra a cidade de Glogova, cometido em 9 de maio de 1992 por forças nacionalistas sérvias e que se saldou com a execução de 60 civis muçulmanos e a expulsão dos demais.

"A sociedade mundial deve contribuir ao funcionamento dos tribunais de guerra, mas também para que aqueles que forem julgados cumpram suas penas", disse hoje Nylen à agência TT.

Deronjic é o segundo criminoso de guerra da antiga Iugoslávia que cumprirá pena na Suécia, um dos países que se ofereceu para receber os condenados.

Desde julho de 2003, a ex-presidente servo-bósnia Biljana Plavsic cumpre uma pena de 11 anos por crimes contra a humanidade na prisão de Hinseberg.

Nylén não descartou que, no futuro, a lista possa ser ampliada.

No último mês de julho, a Câmara de Apelação do TPII confirmou, por unanimidade, a pena de dez anos de prisão para Deronjic.

A primeira sentença, ditada em março de 2004, esteve cercada de polêmica, já que o presidente da Câmara, Wolfgang Schomburg, se mostrou então contra uma pena de dez anos de prisão, ao considerar que "não está à altura dos crimes em questão".

Deronjic será levado à prisão de Kumla e ficará lá até que se decida onde cumprirá o restante da pena - um procedimento habitual na Suécia em relação a presos com condenações de longa duração.





Fonte: EFE

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