Ángel Gurría será o próximo secretário-geral da OCDE

O ex-ministro das Finanças e de Assuntos Exteriores do México, Ángel Gurría, será o próximo secretário-geral da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OCDE), após ter recebido o apoio majoritário dos países-membros, disse hoje a organização, da qual fazem parte 30 países.

O decano dos embaixadores da OCDE, o suíço Wilhelm Jaggi, disse num comunicado divulgado hoje que constatou que Gurría é o candidato que tem "o apoio da maioria dos países-membros", de modo que pedirá que o conselho da organização dê início ao processo para sua nomeação como secretário-geral.

Isso significa que o ex-chanceler mexicano deverá assumir suas novas funções em junho de 2006, ao término do segundo mandato de cinco anos do atual secretário-geral daquele que é conhecido como o "clube dos países desenvolvidos", o canadense Donald Johnston, disse Jaggi.

Na última fase do processo seletivo, Gurría disputava o cargo com o ex-primeiro-ministro polonês Marek Belka.

No começo do mês, a conselheira ministerial japonesa Sawako Takeuchi já havia se retirado da disputa. Outros três candidatos, o francês Alain Madelin, o australiano Allan Fells e o sul-coreano Seung-Soo, fizeram o mesmo em outubro.

Uma porta-voz explicou à EFE que o conselho da OCDE deve se reunir em meados da próxima semana, quando deverá ocorrer a nomeação formal do diplomata mexicano.

Gurría, nascido em maio de 1950, em Tampico, esteve em 1999, enquanto era ministro das Finanças de seu país, à frente do conselho de ministros da OCDE quando o México presidia a organização.

Um dos desafios do novo secretário-geral será aproximar a organização dos países que não a integram atualmente, seja mediante um processo de ampliação ou por meio de um fortalecimento de suas relações com países emergentes como Brasil, Rússia e China.