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Contaminação em rios amazônicos preocupam OTCA
A Organização do Tratado da Cooperação Amazônica (OTCA) está preocupada com a seca e a contaminação por mercúrio de rios da bacia amazônica, disse nesta sexta-feira a secretária-geral do grupo, a equatoriana Rosalía Arteaga.
"A água é o tema prioritário (para os países-membros da OTCA)", destacou Arteaga, em entrevista coletiva conjunta com o vice-chanceler peruano Javier Gonzales, no âmbito da XIII reunião do Conselho de Cooperação Amazônica.
A contaminação por mercúrio em alguns rios da bacia é outro dos temas de maior repercussão no encontro que reúne vice-chanceleres ou delegados de Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, disse a secretária da OTCA.
"A seca na região amazônica é a mais profunda das últimas décadas", disse a secretária-geral da OTCA, que não entrou em maiores detalhes sobre os efeitos que causa esta seca na região. "A água é prioridade porque queremos preservar a água (...) e melhorar a gestão de recursos hídricos para usá-los em benefício da região", explicou.
Arteaga ressaltou que "a região amazônica possui cerca de 20% da água doce do mundo". "A proteção dos recursos hídricos é nossa tarefa porque o Amazonas é nosso e queremos melhorar a qualidade de vida da população" ribeirinha, disse, por sua vez, o vice-chanceler peruano, Javier Gonzales.
Em relação à bacia do rio Amazonas, a OTCA realiza desde outubro passado um projeto de gestão integrado e sustentado dos recursos hídricos transfronteiriços, cujo custo se eleva a 1,4 milhão de dólares, e que é co-financiado pelo Fundo da ONU para o Meio Ambiente.
No caso do mercúrio, a OTCA prepara um plano de ação regional para a prevenção e o controle da contaminação por mercúrio no ecossistema amazônico.
Em outubro passado, uma equipe de cientistas franceses, liderada pelo hidrólogo Jean-Loup Guyot, alertou que o rio Amazonas no trecho peruano havia atingido seu nível mais baixo em menos de 36 anos.
Guyot, encarregado em Lima do projeto HYBAM (Hidrologia da Bacia Amazônica, na sigla em francês), informou em Iquitos que o nível do rio está a 106,50 metros sobre o nível do mar, o mais baixo desde que entrou em funcionamento a estação de registro da Empresa Nacional de Portos (Enapu, estatal), em 1969. O nível corresponde a uma fraca torrente de 12.000 m3/s.
A baixa dos níveis de água no Amazonas e em seus rios afluentes fez com que o transporte fluvial demore e seja difícil, que haja o aumento do preço das cargas e as embarcações não consigam entrar em alguns portos diante do risco de encalharem.
O conteúdo de mercúrio nos peixes, por sua vez, representa uma ameaça para a saúde das populações da Amazônia Central. A contaminação ocorre por um processo natural, agravado por atividades humanas, como o desmatamento, segundo o Observatório de Pesquisa dos Ambientes da Bacia Amazônica.
O mercúrio, que se apresenta de forma natural no ambiente do Amazonas, só se torna perigoso quando se acumula e transforma em metil-mercúrio na presença de bactérias e sulfatos.
Este processo se potencializa e, em alguns casos, se acelera devido à colonização do solo e ao desmatamento. Nestes casos, a transformação do mercúrio adquire velocidade e ele se torna perigoso se encontrado em altas doses na cadeia alimentar.
"A água é o tema prioritário (para os países-membros da OTCA)", destacou Arteaga, em entrevista coletiva conjunta com o vice-chanceler peruano Javier Gonzales, no âmbito da XIII reunião do Conselho de Cooperação Amazônica.
A contaminação por mercúrio em alguns rios da bacia é outro dos temas de maior repercussão no encontro que reúne vice-chanceleres ou delegados de Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, disse a secretária da OTCA.
"A seca na região amazônica é a mais profunda das últimas décadas", disse a secretária-geral da OTCA, que não entrou em maiores detalhes sobre os efeitos que causa esta seca na região. "A água é prioridade porque queremos preservar a água (...) e melhorar a gestão de recursos hídricos para usá-los em benefício da região", explicou.
Arteaga ressaltou que "a região amazônica possui cerca de 20% da água doce do mundo". "A proteção dos recursos hídricos é nossa tarefa porque o Amazonas é nosso e queremos melhorar a qualidade de vida da população" ribeirinha, disse, por sua vez, o vice-chanceler peruano, Javier Gonzales.
Em relação à bacia do rio Amazonas, a OTCA realiza desde outubro passado um projeto de gestão integrado e sustentado dos recursos hídricos transfronteiriços, cujo custo se eleva a 1,4 milhão de dólares, e que é co-financiado pelo Fundo da ONU para o Meio Ambiente.
No caso do mercúrio, a OTCA prepara um plano de ação regional para a prevenção e o controle da contaminação por mercúrio no ecossistema amazônico.
Em outubro passado, uma equipe de cientistas franceses, liderada pelo hidrólogo Jean-Loup Guyot, alertou que o rio Amazonas no trecho peruano havia atingido seu nível mais baixo em menos de 36 anos.
Guyot, encarregado em Lima do projeto HYBAM (Hidrologia da Bacia Amazônica, na sigla em francês), informou em Iquitos que o nível do rio está a 106,50 metros sobre o nível do mar, o mais baixo desde que entrou em funcionamento a estação de registro da Empresa Nacional de Portos (Enapu, estatal), em 1969. O nível corresponde a uma fraca torrente de 12.000 m3/s.
A baixa dos níveis de água no Amazonas e em seus rios afluentes fez com que o transporte fluvial demore e seja difícil, que haja o aumento do preço das cargas e as embarcações não consigam entrar em alguns portos diante do risco de encalharem.
O conteúdo de mercúrio nos peixes, por sua vez, representa uma ameaça para a saúde das populações da Amazônia Central. A contaminação ocorre por um processo natural, agravado por atividades humanas, como o desmatamento, segundo o Observatório de Pesquisa dos Ambientes da Bacia Amazônica.
O mercúrio, que se apresenta de forma natural no ambiente do Amazonas, só se torna perigoso quando se acumula e transforma em metil-mercúrio na presença de bactérias e sulfatos.
Este processo se potencializa e, em alguns casos, se acelera devido à colonização do solo e ao desmatamento. Nestes casos, a transformação do mercúrio adquire velocidade e ele se torna perigoso se encontrado em altas doses na cadeia alimentar.
Fonte:
AFP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/333411/visualizar/
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