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Nacional
Sexta - 25 de Novembro de 2005 às 13:20
Por: Tânia Monteiro

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Brasília - O vice-presidente da República, José Alencar, voltou a atacar a política de juros e a política econômica, no discurso do seminário sobre Alternativas da Política Econômica, promovido pelo PR, seu novo partido, depois de deixar o PL.

Alencar reconheceu, porém, que muitas das medidas duras tomadas precisaram ser adotadas, para que houvesse uma sinalização de que o governo é responsável. "A dose foi cavalar porque a desconfiança era cavalar", disse Alencar referindo-se à desconfiança de setores com relação ao governo do PT.

"Isso explica o pacto com o diabo", acrescentou o vice-presidente, que depois não quis revelar a quem estava se referindo. "O diabo é sobrenatural", disse aos jornalistas.

Ainda em seu discurso, José Alencar disse que as mudanças necessárias não foram realizadas, mas que ainda há tempo para faze-las. "Há tempo e não é para agir com irresponsabilidade", disse o vice-presidente, que foi bastante aplaudido.

Ano eleitoral Alencar falou sobre a proximidade com o ano eleitoral. Neste contexto, ele destacou a necessidade de crescimento na economia do País e criticou o uso da taxa de juro como único instrumento para combater a inflação. "Isso virou lei", disse.

Disse ainda que a economia real é representada pela agricultura, pecuária, mineração, comércio, indústria e infra-estrutura. "Economia não é bolsa de valores, não é Banco Central, não é Ministério da Fazenda e não é Ministério do Planejamento", disse.

BC controlado Depois das declarações de Alencar, foi a vez do ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Carlos Lessa, repetir que o discurso de campanha do governo não assumiu o poder. Ele classificou a política monetária de "frenética, ortodoxa, burra e suicida".

Segundo Lessa a taxa de juros é "indecente e repugnante", e "freia e impede o futuro do Brasil". Segundo ele, é o mercado que domina o Banco Central e é ele (mercado) que é consultado pelo BC para definir as taxas de juros. "Não é a população, não é o Congresso. Isso é uma brincadeira", criticou Lessa, para quem o Banco Central tem de ser um instrumento da República e não do mercado financeiro.





Fonte: Agência Estado

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