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Presidente cingalês pede revisão de cessar-fogo com guerrilha
O novo presidente do Sri Lanka, Mahinda Rajapakse, defendeu hoje uma revisão do cessar-fogo assinado em fevereiro de 2002 com os rebeldes da guerrilha dos tigres tâmeis, em seu primeiro discurso na sessão de abertura do Parlamento de seu país.
O ex-primeiro-ministro e recém-nomeado presidente afirmou hoje à Câmara cingalesa que é necessário alterar o acordo de trégua para acabar com os atentados, e reiterou que não fará concessões territoriais à minoria tâmil.
De acordo com Rajapakse, a futura interrupção de hostilidades deverá "impedir os atos terroristas e o recrutamento de crianças pela guerrilha".
Apesar de suas críticas ao atual cessar-fogo, Rajapakse concordou em iniciar conversas de paz com a guerrilha dos Tigres de Libertação da Pátria Tâmil (LTTE), inclusive com seu líder, Vellupillai Prabhakaran.
Este será "um processo aberto, transparente e respeitoso com os direitos humanos", afirmou o presidente. Em sua eleição, Rajapakse teve o apoio dos partidos nacionalistas cingaleses, adversários da guerrilha.
O governante disse ainda que fará todas as concessões possíveis às minorias sem dividir o país. A meta é encontrar uma solução duradoura para o conflito do norte e do leste da ilha, de maioria de população tâmil e que reivindica o autogoverno.
Rajapakse deixou claro que não fará concessões territoriais nem permitirá o estabelecimento de uma administração autônoma nas províncias, onde 35% do território está sob controle do LTTE.
A atual trégua, acertada pelo ex-primeiro-ministro Ranil Wickremesinghe, foi considerada "uma traição" pelos nacionalistas, pois permite que os rebeldes circulem por toda a ilha e proíbe às forças de segurança cingalesas entrar nas áreas sob controle da guerrilha.
O LTTE advertiu, em várias ocasiões, que qualquer alteração do acordo de cessar-fogo deve ser debatida entre as partes. Caso contrário, encerrariam a atual trégua, que pôs fim a duas décadas de guerra civil que tirou a vida de 65 mil pessoas.
O novo presidente, da Aliança Popular Unida para a Liberdade (UPFA), também anunciou hoje que não manterá o polêmico acordo entre o Governo e o LTTE para ajudar as vítimas do tsunami de dezembro de 2004. O pacto gerou fortes protestos há alguns meses e levou à saída de alguns dos membros importantes da coalizão governante.
Rajapakse disse que, em substituição, criará "uma nova instituição ligada ao Governo central para assistir os deslocados pelos tsunamis e reconstruir as instalações destruídas".
Em seu discurso, o governante, que tomou posse há uma semana da Presidência do Sri Lanka, pediu o apoio da oposição nas negociações com os rebeldes para acabar com o conflito na ilha.
Para reiniciar o diálogo, interrompido em abril de 2004, o Sri Lanka pedirá ajuda à ONU e às "nações amigas", disse Rajapakse, sem mencionar a Noruega, atual mediadora do conflito, que foi duramente criticada pelos nacionalistas.
O partido marxista Janatha Vimukthi Peramuna (JVP), que esteve ao lado de Rajapakse nas eleições presidenciais, discorda terminantemente que a Noruega continue atuando como mediador no processo de paz e que o país lidere a missão de supervisão do cessar-fogo, pois duvida da imparcialidade de Oslo.
De acordo com Rajapakse, a futura interrupção de hostilidades deverá "impedir os atos terroristas e o recrutamento de crianças pela guerrilha".
Apesar de suas críticas ao atual cessar-fogo, Rajapakse concordou em iniciar conversas de paz com a guerrilha dos Tigres de Libertação da Pátria Tâmil (LTTE), inclusive com seu líder, Vellupillai Prabhakaran.
Este será "um processo aberto, transparente e respeitoso com os direitos humanos", afirmou o presidente. Em sua eleição, Rajapakse teve o apoio dos partidos nacionalistas cingaleses, adversários da guerrilha.
O governante disse ainda que fará todas as concessões possíveis às minorias sem dividir o país. A meta é encontrar uma solução duradoura para o conflito do norte e do leste da ilha, de maioria de população tâmil e que reivindica o autogoverno.
Rajapakse deixou claro que não fará concessões territoriais nem permitirá o estabelecimento de uma administração autônoma nas províncias, onde 35% do território está sob controle do LTTE.
A atual trégua, acertada pelo ex-primeiro-ministro Ranil Wickremesinghe, foi considerada "uma traição" pelos nacionalistas, pois permite que os rebeldes circulem por toda a ilha e proíbe às forças de segurança cingalesas entrar nas áreas sob controle da guerrilha.
O LTTE advertiu, em várias ocasiões, que qualquer alteração do acordo de cessar-fogo deve ser debatida entre as partes. Caso contrário, encerrariam a atual trégua, que pôs fim a duas décadas de guerra civil que tirou a vida de 65 mil pessoas.
O novo presidente, da Aliança Popular Unida para a Liberdade (UPFA), também anunciou hoje que não manterá o polêmico acordo entre o Governo e o LTTE para ajudar as vítimas do tsunami de dezembro de 2004. O pacto gerou fortes protestos há alguns meses e levou à saída de alguns dos membros importantes da coalizão governante.
Rajapakse disse que, em substituição, criará "uma nova instituição ligada ao Governo central para assistir os deslocados pelos tsunamis e reconstruir as instalações destruídas".
Em seu discurso, o governante, que tomou posse há uma semana da Presidência do Sri Lanka, pediu o apoio da oposição nas negociações com os rebeldes para acabar com o conflito na ilha.
Para reiniciar o diálogo, interrompido em abril de 2004, o Sri Lanka pedirá ajuda à ONU e às "nações amigas", disse Rajapakse, sem mencionar a Noruega, atual mediadora do conflito, que foi duramente criticada pelos nacionalistas.
O partido marxista Janatha Vimukthi Peramuna (JVP), que esteve ao lado de Rajapakse nas eleições presidenciais, discorda terminantemente que a Noruega continue atuando como mediador no processo de paz e que o país lidere a missão de supervisão do cessar-fogo, pois duvida da imparcialidade de Oslo.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/333497/visualizar/
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