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Policia MT
Sexta - 21 de Dezembro de 2012 às 06:26
Por: ADILSON ROSA

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Agentes levavam os internos mais novos para serem violentados pelos mais velhos dento do Pomeri
Agentes levavam os internos mais novos para serem violentados pelos mais velhos dento do Pomeri
Nove servidores públicos foram indiciados pelos crimes de tortura e formação de quadrilha cometidos dentro do Centro Socioeducativo Pomeri. Entre eles está a diretora do Complexo Pomeri, Maria Giselda da Silva e o gerente da unidade de internação masculina, Urias Avelino Dantas.

Conforme as investigações, coordenadas pelo delegado Paulo Alberto Araújo, os indiciados, que tiveram a prisão preventiva solicitada à Justiça, faziam com que os internos mais novos fossem violentados pelos mais velhos. O grupo ainda promovia lutas entre os adolescentes e os agredia.

Maria Giselda da Silva e Urias Avelino Dantas já estão afastados das funções e vão responder pelo crime de prevaricação. Tanto a diretora quanto o gerente dificultaram o acesso de informações requeridas pela Polícia Civil.

“Todos eles tiveram sua participação”, afirma o delegado. Os demais indiciados são agentes orientadores incluindo Adão Bassa Hermoza, o “Wolverine”, que está com a prisão temporária decretada por 30 dias. O delegado concluiu anteontem às investigações, cujo inquérito foi entregue na Vara da Infância e Juventude da Capital.

No inquérito, instaurado no dia 20 de outubro, mais de 20 pessoas foram ouvidas. As investigações iniciaram após um adolescente de 14 anos, morador de Cáceres (cidade a 230 quilômetros e Cuiabá) e interno do Pomeri ter relatado ao pai dele que, dentro da unidade, ocorreria um esquema de "rodízio" de abusos dos adolescentes maiores contra os menores.

Conforme os depoimentos dos menores, o agente educador é acusado de ser complacente com os abusos. Para o delegado, o mais grave é que dois menores relataram que ninguém fez nada para acabar com aquele estupro coletivo.

Diante da situação, o pai procurou a psicóloga para fazer a denúncia assim como também os agentes educadores e técnicos que atuam dentro da unidade. Os policiais descobriram que os suspeitos do abuso ficaram sabendo e estupraram o garoto delator.

A partir dessa denúncia, veio à tona o estupro de outro menor de 14 anos, da cidade de Cáceres, violentado entre o dia 17 para 18 de outubro, no mesmo quarto. O menor de 16 anos, de Lucas do Rio Verde, teria presenciado e contado ao pai, que denunciou a violência ocorrida na unidade socioeducativa.

Ao todo, seis adolescentes internos participaram da sessão de tortura e estupro ocorrida no dia 24 de outubro, contra o menor de 16 anos. Três confessaram o estupro e três afirmaram participar da tortura. No quarto havia cinco adolescentes e um sexto teria sido levado de outra ala para participar da violência sexual e espancamento.

Segundo os adolescentes os motivos das agressões foram porque no quarto estava um “guri X 9” que na linguagem policial é conhecido como delator.




Fonte: DO DC

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