Repórter News - reporternews.com.br
Xavantes de Santo Antônio do Leste voltam a atacar Funasa
Índios xavantes de Santo Antônio do Leste e o prefeito da cidade, Pedro Luiz Brunetta, voltaram a criticar o atendimento à saúde feito pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa) nas quatro aldeias da etnia no município. Os índios afirmam que metade das crianças das aldeias está com problemas de saúde, principalmente com desidratação, e que desde o início do ano já ocorreram sete mortes de crianças - e não apenas duas como aponta o relatório da Funasa.
Segundo Tito Xavante, quatro crianças da aldeia Água Limpa morreram desde o início do ano e outras três da aldeia Sete Rios. A última morte, segundo Tito, aconteceu no dia 27 de setembro, na Água Limpa, por desidratação, vômito e diarréia. A criança, de 11 meses, era filha de Tito. “Eu chamei (por rádio) o pólo da Funasa em Campinápolis e pedi uma ambulância para levar meu filho, mas me disseram que não havia como ir buscá-lo”, falou Tito.
O cacique Pedro Seredi, da aldeia São Benedito, que é agente de saúde da Funasa, disse que não sabe de onde saiu o relatório que aponta a realização de três etapas da campanha de vacinação, já que ele é o responsável pela produção dos relatórios da área. Segundo o cacique, esse ano não houve campanhas de vacinação nas aldeias xavantes de Santo Antônio do Leste. “A única coisa que a equipe da Funasa fez foi pesar as crianças. Quando perguntamos sobre as vacinas, nos disseram que tinham vencido e não teriam como usar”, contou o cacique Pedro.
O cacique e agente de saúde comentou que os remédios que chegam até a aldeia são comprados pela prefeitura, porque os índios nunca recebem os medicamentos da Funasa. Para os índios, se não fosse a ação da prefeitura, a situação seria pior.
Já o prefeito Pedro Brunetta confirmou que tem recebido o Incentivo de Atenção Básica dos Povos Indígenas, mas que esses recursos não estão parados. Brunetta afirmou que tem usado os recursos para oferecer atendimento aos índios dentro da cidade, por ordem da Funasa local. Segundo ele, a equipe da Funasa de Barra do Garças proibiu que a prefeitura prestasse atendimento médico dentro das aldeias, porque seria responsabilidade do órgão.
Para o coordenador da Regional da Funasa, Evandro Vitório, os índios estão sendo acuados para defender o prefeito. Evandro reafirmou que as campanhas de vacinação foram realizadas e que os medicamentos são comprados periodicamente e repassados para as aldeias assim que solicitados. O coordenador da Funasa reforçou que tem todos os relatórios e documentos que provam que as ações ocorreram.
Evandro informou que a Funasa não orienta os prefeitos a ficar somente nas cidades. “O recurso é repassado para o prefeito prestar atendimento à saúde. Se ele quiser, pode colocar uma equipe de profissionais da saúde nas aldeias. A única coisa que recomendamos é para que não se faça vacinação, para evitar que os índios sejam vacinados duas vezes, o que seria muito prejudicial a eles”, disse o coordenador.
Segundo Tito Xavante, quatro crianças da aldeia Água Limpa morreram desde o início do ano e outras três da aldeia Sete Rios. A última morte, segundo Tito, aconteceu no dia 27 de setembro, na Água Limpa, por desidratação, vômito e diarréia. A criança, de 11 meses, era filha de Tito. “Eu chamei (por rádio) o pólo da Funasa em Campinápolis e pedi uma ambulância para levar meu filho, mas me disseram que não havia como ir buscá-lo”, falou Tito.
O cacique Pedro Seredi, da aldeia São Benedito, que é agente de saúde da Funasa, disse que não sabe de onde saiu o relatório que aponta a realização de três etapas da campanha de vacinação, já que ele é o responsável pela produção dos relatórios da área. Segundo o cacique, esse ano não houve campanhas de vacinação nas aldeias xavantes de Santo Antônio do Leste. “A única coisa que a equipe da Funasa fez foi pesar as crianças. Quando perguntamos sobre as vacinas, nos disseram que tinham vencido e não teriam como usar”, contou o cacique Pedro.
O cacique e agente de saúde comentou que os remédios que chegam até a aldeia são comprados pela prefeitura, porque os índios nunca recebem os medicamentos da Funasa. Para os índios, se não fosse a ação da prefeitura, a situação seria pior.
Já o prefeito Pedro Brunetta confirmou que tem recebido o Incentivo de Atenção Básica dos Povos Indígenas, mas que esses recursos não estão parados. Brunetta afirmou que tem usado os recursos para oferecer atendimento aos índios dentro da cidade, por ordem da Funasa local. Segundo ele, a equipe da Funasa de Barra do Garças proibiu que a prefeitura prestasse atendimento médico dentro das aldeias, porque seria responsabilidade do órgão.
Para o coordenador da Regional da Funasa, Evandro Vitório, os índios estão sendo acuados para defender o prefeito. Evandro reafirmou que as campanhas de vacinação foram realizadas e que os medicamentos são comprados periodicamente e repassados para as aldeias assim que solicitados. O coordenador da Funasa reforçou que tem todos os relatórios e documentos que provam que as ações ocorreram.
Evandro informou que a Funasa não orienta os prefeitos a ficar somente nas cidades. “O recurso é repassado para o prefeito prestar atendimento à saúde. Se ele quiser, pode colocar uma equipe de profissionais da saúde nas aldeias. A única coisa que recomendamos é para que não se faça vacinação, para evitar que os índios sejam vacinados duas vezes, o que seria muito prejudicial a eles”, disse o coordenador.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/333566/visualizar/
Comentários