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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Sexta - 25 de Novembro de 2005 às 07:52
Por: Eduardo Kattah

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Belo Horizonte - O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), reconheceu hoje que a revelação do esquema de caixa 2 na campanha do senador Eduardo Azeredo (MG) à reeleição ao governo do Estado, em 1998, é um "incômodo" para o PSDB no pleito presidencial do ano que vem. "Claro que é um incômodo", disse ao ser perguntado sobre o assunto durante entrevista à rádio Bandnews.

O governador mineiro, porém, avaliou que "vai ficar claro" que a relação do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza com a campanha de 1998 "é muito diferente" da construída com o governo do PT.

Um empréstimo com valor original de R$ 8,35 milhões ao Banco Rural, feito pela DNA Propaganda naquele mesmo ano, foi usado para o financiamento paralelo da campanha da coligação liderada pelo PSDB. Azeredo acabou deixando a presidência nacional da legenda após a revelação de que um cheque de R$ 700 mil do Banco Rural, emitido por Valério e sua mulher, Renilda Maria Santiago, em setembro de 2002, foi utilizado para que ele quitasse uma dívida com o ex-tesoureiro de campanha Cláudio Mourão.

"Marcos Valério não existia antes do governo PT", disse Aécio, afirmando que o homem apontado como o pagador do suposto mensalão "era um empresário mineiro, sócio, investidor de duas agencias de publicidade", que no processo eleitoral de 98 ajudou Azeredo apenas a pagar dívidas de campanha.

O governador tucano voltou a assegurar que na eleição de 1998 "não entrou" dinheiro público, mas acusou o PT de prática de corrupção. "Marcos Valério se transformou em personagem nacional porque o PT resolveu adotá-lo e transformá-lo em um grande instrumento de arrecadação de fundos", disse. "O PT inaugurou o financiamento público de campanha. Recursos de empresas públicas, de bancos públicos engrossavam o caixa do PT e era distribuído para alguns partidos da base ou ficavam com o próprio PT".

Supremo Durante evento no Palácio da Liberdade, Aécio também comentou a votação no Supremo Tribunal Federal (STF) do pedido para que seja suspenso o processo contra o deputado José Dirceu (PT-SP), na Câmara. Ex-presidente da Casa, o governador de Minas disse que é necessário respeitar as decisões do STF, mas que gostaria de ver a independência do Parlamento "sendo praticada com menos ingerências".

"E há hoje uma postergação, um adiamento contínuo do exercício dessa prerrogativa por parte do Congresso Nacional, o que não é positivo", concluiu.





Fonte: Agência Estado

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