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Agronegócios
Sexta - 25 de Novembro de 2005 às 07:48
Por: Renata Veríssimo e Fabíola Sal

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Brasília, 24 - O assessor da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Lino Luis Colsera, afirmou que espera receber até a próxima quarta-feira, dia 30, uma resposta do governo da Argélia sobre a possível flexibilização das restrições comerciais à carne brasileira. Ele integrou missão comercial liderada pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, que esteve entre os dias 19 e 22 na Argélia.

Nas reuniões, representantes do governo argelino sinalizaram que poderiam restringir o embargo às carnes fornecidas pelo Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo, critério adotado pela União Européia. Hoje, o embargo vale para todo o País, conseqüência dos focos de febre aftosa no rebanho do Mato Grosso do Sul.

"A Argélia não tem regras fitossanitárias definidas e costuma seguir as normas estabelecidas pela União Européia", afirmou o secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex), Mário Mugnaini, que integrou a missão. Para Colsera, o embargo pode ficar limitado às áreas com incidência da doença, no extremo sul do Mato Grosso do Sul, nos municípios de Eldorado, Japorã, Mundo Novo, Iguatemi e Itaquiraí.

A missão brasileira se reuniu com o diretor do Serviço Veterinário do Ministério da Agricultura da Argélia, Rachid Bouguedour. Uma decisão dependeria do ministro encarregado do assunto.

A Argélia é o quarto maior importador de carne bovina brasileira, atrás da União Européia, Rússia, Egito e Chile. No acumulado de janeiro a setembro, os embarques para o país cresceram 105,4%, somando US$ 74,9 milhões. Os embarques de carne bovina representam 23,7% da pauta de exportação do País para a Nigéria. O produto é o segundo item na pauta de exportação para a Nigéria.

Colsera contou que, nas reuniões, foram apresentados dados sobre a situação da aftosa no País, além de relatórios enumerando as medidas tomadas para conter os 25 focos. "Nós enfatizamos que os casos estão concentrados numa região isolada e que não havia motivo para restringir as compras de todo o País", disse o representante do Ministério da Agricultura.





Fonte: Agência Estado

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