Imóveis de fraudadora do INSS irão a leilão no RJ

O presidente do Tribunal de Justiça (TJ) do Rio de Janeiro, desembargador Sergio Cavalieri Filho, determinou o leilão dos imóveis da fraudadora do INSS Jorgina Maria de Freitas Fernandes. De acordo com a relação apresentada pelo Instituto, serão leiloados 60 imóveis, avaliados em mais de R$ 10 milhões.

Jorgina de Freitas foi condenada a 14 anos de prisão, em regime inicialmente fechado, em julho de 1992. A pena também incluiu a perda do produto do crime e 360 dias-multa, correspondente a cinco salários mínimos. Os prejuízos causados pela quadrilha comandada por Jorgina superam R$ 500 milhões. As fraudes ocorreram em São João de Meriti, Caxias e Vassouras.

Os imóveis foram adquiridos com dinheiro da Previdência Social e estão localizados nos Estados do Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro (Búzios, Rio das Ostras, Cabo Frio, Nova Iguaçu, Petrópolis e Volta Redonda). No Rio, há apartamentos no Leblon, terrenos na Barra da Tijuca e demais imóveis em Jacarepaguá, Andaraí e na Rua Uruguaiana, na região central da cidade.

Por determinação do presidente do TJ, os imóveis serão leiloados em três lotes distintos. Ainda não há data prevista para a realização dos leilões, uma vez que alguns imóveis foram embargados por compradores. A Justiça do Rio decretou o seqüestro dos imóveis, que estão sob a administração do INSS.

Também foram condenados na mesma ação penal que condenou Jorgina o ex-juiz Nestor José do Nascimento, o ex-procurador do INSS Marcílio Gomes da Silva, os advogados Astor Cardoso Pontes de Miranda, Ilson Escóssia da Veiga, Cláudia Caetano Bouças, Wilson Ferreira, entre outros.