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Brasil tenta recuperar sangue de índios recolhido há décadas
O Governo brasileiro tentará recuperar amostras de sangue de índios yanomamis que laboratórios nacionais e estrangeiros recolheram há mais de trinta anos para que os indígenas possam cumprir seus ritos mortuários.
O procurador da República, Maurício Fabretti, informou nesta quinta-feira que essas amostras foram recolhidas entre as décadas de 1960 e 1970, com fins não muito claros, mas aparentemente com o objetivo de estudar a resistência dos índios a certas doenças.
"Há um problema cultural. Para os yanomamis, se um corpo não é incinerado, o sangue não morre. Por isso, eles precisam lançar esse sangue em um rio", explicou Fabretti de Manaus após uma reunião com líderes indígenas. No entanto, essas amostras de sangue nunca foram recuperadas.
Os yanomamis constituem uma das mais antigas etnias da Amazônia e habitam o norte do Brasil e o sul da Venezuela. Embora não haja dados muito precisos, calcula-se que atualmente existam cerca de 30 mil deles, divididos em quatro grandes tribos.
Fabretti disse que existem registros dos laboratórios, tanto brasileiros como estrangeiros, que há mais de trinta anos foram autorizados a colher amostras de sangue dessa comunidade indígena. Ele indicou que o Ministério Público procura determinar com esses laboratórios se essas mostras ainda existem.
Fabretti ressaltou que já foram identificadas três instituições, das quais duas são brasileiras e outra americana. O procurador não quis identificá-las, mas disse que, até agora, os contatos foram "amigáveis" e que se percebeu um aparente interesse em colaborar.
No entanto, esclareceu que, no caso que algum laboratório se negar a devolver essas mostras de sangue, o Brasil estará disposto a usar a justiça nacional ou internacional a fim de recuperá-las.
"Trata-se de uma ação em defesa dos interesses dos povos indígenas", lembrou.
O procurador da República, Maurício Fabretti, informou nesta quinta-feira que essas amostras foram recolhidas entre as décadas de 1960 e 1970, com fins não muito claros, mas aparentemente com o objetivo de estudar a resistência dos índios a certas doenças.
"Há um problema cultural. Para os yanomamis, se um corpo não é incinerado, o sangue não morre. Por isso, eles precisam lançar esse sangue em um rio", explicou Fabretti de Manaus após uma reunião com líderes indígenas. No entanto, essas amostras de sangue nunca foram recuperadas.
Os yanomamis constituem uma das mais antigas etnias da Amazônia e habitam o norte do Brasil e o sul da Venezuela. Embora não haja dados muito precisos, calcula-se que atualmente existam cerca de 30 mil deles, divididos em quatro grandes tribos.
Fabretti disse que existem registros dos laboratórios, tanto brasileiros como estrangeiros, que há mais de trinta anos foram autorizados a colher amostras de sangue dessa comunidade indígena. Ele indicou que o Ministério Público procura determinar com esses laboratórios se essas mostras ainda existem.
Fabretti ressaltou que já foram identificadas três instituições, das quais duas são brasileiras e outra americana. O procurador não quis identificá-las, mas disse que, até agora, os contatos foram "amigáveis" e que se percebeu um aparente interesse em colaborar.
No entanto, esclareceu que, no caso que algum laboratório se negar a devolver essas mostras de sangue, o Brasil estará disposto a usar a justiça nacional ou internacional a fim de recuperá-las.
"Trata-se de uma ação em defesa dos interesses dos povos indígenas", lembrou.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/333655/visualizar/
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