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Industriais argentinos atacam governo Lula
A principal entidade industrial da Argentina classificou de "desleal" a concorrência com manufaturados do Brasil, acusou o governo Lula de oferecer benefícios que incentivam a fuga de empresas em direção ao país e afirmou que há um "profundo desequilíbrio" no Mercosul.
As críticas estão em comunicado da UIA (Unión Industrial Argentina), que cita o presidente do Conselho Superior de Comércio Exterior da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Rubens Barbosa, que na última sexta atacou proposta argentina de impor salvaguardas automáticas ao comércio bilateral.
"Devemos dizer com todas as letras: muitos de nossos setores enfrentam uma concorrência desleal por parte de empresários brasileiros que são apoiados sistematicamente por mecanismos oficiais de promoção de investimento e exportação", diz a nota.
A poucos dias do encontro bilateral Brasil e Argentina --os presidentes dos dois países se reúnem no próximo dia 30--, a UIA retoma o tom do ministro da Economia da Argentina, Roberto Lavagna, que na semana passada também criticou as assimetrias do bloco e cobrou uma liderança responsável do lado brasileiro.
Embora no balanço geral, o superávit comercial brasileiro em relação à Argentina alcance US$ 2,6 bilhões em 2005, a UIA afirma, com base em estatísticas oficiais argentinas, que considerando só produtos manufaturados o desequilíbrio a favor do Brasil chega a US$ 5,5 bilhões neste ano, contra US$ 3,7 bilhões no ano passado.
A UIA se defende das críticas brasileiras segundo as quais é a falta de investimento na indústria argentina o motor do desequilíbrio. Acusa o governo Lula de incentivar "a compra de empresas no exterior". O setor industrial argentino se ressente porque a participação do capital estrangeiro deu um salto em dez anos.
Em mais um capítulo da disputa, começa hoje em Montevidéu, no Uruguai, reunião do Grupo de Mercado Comum do Mercosul. Argentina defende que se mantenha o regime atual de taxas alfandegárias diferenciadas que vigoram para setores como informática e telecomunicações. Hoje há mais de 14 tarifas diferentes para estes itens e estava prevista a entrada de um patamar comum a partir de 2006. A Argentina quer adiar a mudança por mais cinco anos. O Brasil propõe, pelo menos, diminuir de 14 para 5 as alíquotas.
As críticas estão em comunicado da UIA (Unión Industrial Argentina), que cita o presidente do Conselho Superior de Comércio Exterior da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Rubens Barbosa, que na última sexta atacou proposta argentina de impor salvaguardas automáticas ao comércio bilateral.
"Devemos dizer com todas as letras: muitos de nossos setores enfrentam uma concorrência desleal por parte de empresários brasileiros que são apoiados sistematicamente por mecanismos oficiais de promoção de investimento e exportação", diz a nota.
A poucos dias do encontro bilateral Brasil e Argentina --os presidentes dos dois países se reúnem no próximo dia 30--, a UIA retoma o tom do ministro da Economia da Argentina, Roberto Lavagna, que na semana passada também criticou as assimetrias do bloco e cobrou uma liderança responsável do lado brasileiro.
Embora no balanço geral, o superávit comercial brasileiro em relação à Argentina alcance US$ 2,6 bilhões em 2005, a UIA afirma, com base em estatísticas oficiais argentinas, que considerando só produtos manufaturados o desequilíbrio a favor do Brasil chega a US$ 5,5 bilhões neste ano, contra US$ 3,7 bilhões no ano passado.
A UIA se defende das críticas brasileiras segundo as quais é a falta de investimento na indústria argentina o motor do desequilíbrio. Acusa o governo Lula de incentivar "a compra de empresas no exterior". O setor industrial argentino se ressente porque a participação do capital estrangeiro deu um salto em dez anos.
Em mais um capítulo da disputa, começa hoje em Montevidéu, no Uruguai, reunião do Grupo de Mercado Comum do Mercosul. Argentina defende que se mantenha o regime atual de taxas alfandegárias diferenciadas que vigoram para setores como informática e telecomunicações. Hoje há mais de 14 tarifas diferentes para estes itens e estava prevista a entrada de um patamar comum a partir de 2006. A Argentina quer adiar a mudança por mais cinco anos. O Brasil propõe, pelo menos, diminuir de 14 para 5 as alíquotas.
Fonte:
24 HorasNews
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/333758/visualizar/
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