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Internacional
Quinta - 24 de Novembro de 2005 às 11:44

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Os protestos contra a guerra do Iraque perseguem o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, até seu rancho de Crawford (Texas), onde hoje começam seis dias de descanso.

Bush, a primeira-dama, Laura, e suas filhas Barbara e Jenna se somaram nesta semana aos 70 milhões de americanos que viajaram para comemorar o Dia de Ação de Graças, uma das mais respeitadas tradições familiares no país.

Os convidados especiais para o jantar de hoje à noite serão o ex-presidente George Bush, sua esposa, Bárbara, e Jenna Welch, mãe da primeira-dama.

Como é tradicional, o prato principal do jantar será um peru assado, batatas-doces e outros ingredientes tradicionais da cozinha típica do Texas. A celebração continuará amanhã, quando as filhas gêmeas de Bush comemoram 24 anos.

O descanso presidencial, no entanto, teve um começo pouco promissor na quarta-feira, quando a Polícia interveio para deter 12 manifestantes contra a guerra no Iraque que tinham se instalado em frente ao rancho, desafiando uma proibição local de acampar ou estacionar automóveis nas proximidades.

Segundo um porta-voz policial, os integrantes do grupo, que foram liberados horas depois, tinham armado seis barracas e se reunido com cobertores e sacos de dormir no local. Além disso, acrescentou que pouco mais de dez manifestantes deixaram o lugar antes de serem detidos.

No grupo não estava a ativista Cindy Sheehan, que teve de comparecer a uma emergência familiar na Califórnia, mas que pretende chegar para protestar contra a guerra durante o fim de semana, informou Dede Miller, sua irmã.

Sheehan, cujo filho morreu no ano passado em combate no Iraque, tornou-se a voz da oposição à guerra quando liderou uma manifestação em frente ao rancho de Bush em agosto deste ano.

Um mês depois, as autoridades do condado McLennan, onde fica o rancho, proibiram a instalação de barracas em um raio de dez quilômetros para evitar problemas de segurança e congestionamentos.

No entanto, Miller, que foi uma das detidas, assinalou que desafiarão a proibição e continuarão manifestando sua oposição à guerra enquanto Bush estiver em Crawford.

"Estamos orgulhosos de estar aqui. O que fizemos em agosto nos impulsionou a continuar e isso é o que estamos fazendo hoje", assinalou.

A oposição à guerra se transformou no principal peso para a popularidade de Bush em meio às críticas pelas justificativas dadas para lançar a intervenção militar no Iraque em março de 2003.

Tais justificativas foram a presença de armas de destruição em massa no Iraque e os contatos com organizações terroristas do então governante Saddam Hussein.

Nem a existência dos arsenais nem a conexão terrorista foram comprovadas e, neste momento, a popularidade de Bush está no nível mais baixo de sua Presidência.

A essas críticas somou-se nesta semana um coro crescente de pedidos formulados por parlamentares democratas para que a Casa Branca comece a planejar a retirada dos 160 mil militares americanos do Iraque.

Em um sinal de que essas pressões parecem ter surtido efeito, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, admitiu ontem que é provável que os EUA não precisem manter os atuais níveis de tropas por "muito mais tempo" no país árabe.

Em entrevistas à televisão, Rice disse que a medida seria possível devido aos avanços conseguidos no treinamento das forças de segurança iraquianas. "Não acho que os soldados americanos necessitem estar ali nos níveis atuais durante muito mais tempo", estimou Rice.





Fonte: EFE

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