Dólar fecha em baixa de 0,22%

O leilão de compras do Banco Central no mercado à vista fez o dólar reduzir o ritmo de queda no período da tarde e fechar em baixa de 0,22%, vendido a R$ 2,242. A autoridade monetária aceitou 11 propostas para compra de divisas e pagou no máximo R$ 2,2370 por dólar.

A moeda iniciou a quarta-feira em baixa e, na mínima do dia, foi negociada a R$ 2,230 - desvalorização de 0,75% -, influenciada pela sinalização de que o ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos está perto do fim e pela menor tensão no quadro político doméstico.

Anteontem, após o fechamento do câmbio no Brasil, o Fomc (o comitê de política monetária do Federal Reserve, o BC norte-americano) divulgou a ata da sua última reunião - quando os juros norte-americanos subiram de 3,75% para 4% ao ano. O documento sinalizou que os riscos de inflação nos EUA continuam a preocupar, mas indicou que a política de aumentos de juros do banco pode estar chegando ao fim.

Além disso, analistas avaliam que o ministro Antônio Palocci (Fazenda) se saiu bem em depoimento anteontem na Câmara.

"A cena política sofreu um 'esvaziamento', embora permaneça no foco dos agentes do mercado, porém com "ruídos" menos intensos e preocupantes. Mais uma vez, o Ministro da Fazenda se saiu bem em depoimento e ficou evidente que a oposição "aperta, mas não espana", pois não deseja a saída do mesmo e sim o desgaste do governo", observa Sidnei Moura Nehme, economista e diretor-executivo da corretora NGO.

RISCO-BRASIL - O risco-país brasileiro bateu em um de seus menores níveis históricos ontem. O indicador caiu 2,29% e encerrou o dia a 341 pontos, igualando seu menor patamar do ano. A mínima histórica do risco foi marcada em outubro de 1997, quando ficou em 337 pontos.

A queda do risco brasileiro foi acompanhada pela baixa de outros emergentes. O indicador mexicano caiu 3,42%, aos 113 pontos. O risco argentino recuou 1,67%, a 353 pontos.