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Economia
Quinta - 24 de Novembro de 2005 às 09:37

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Investidores não concordam com o pedido de falência da Avestruz Master e apostavam que a solução poderia vir com o início das operações do frigorífico Struthio Gold, pertencente à holding Avestruz Master. Mas uma decisão judicial poderá trazer ainda mais aflição e impedir a inauguração da planta. Na última sexta-feira, o juiz Nivaldo Mendes Pereira, de Bela Vista de Goiás, concedeu o direito à Ionix, Comércio e Indústria de Aço Inox, de retirar todos os equipamentos fornecidos ao abatedouro por falta de pagamento.

A retirada destes materiais pode acontecer entre 48 e 72 horas e interferir no funcionamento do empreendimento. Outros fornecedores tendem a seguir o mesmo caminho para não ficarem no prejuízo.

A compra de equipamentos de conexões, tubos e chapas de aço inox, orçada em R$ 84 mil, foi dividida em três pagamentos, cuja primeira parcela venceu no último dia 3, um dia antes do fechamento dos escritórios do grupo em Goiânia. A segunda parte venceu ontem (22) e a última expira no próximo dia 29. Uma reunião entre a proprietária da Ionix, Hosana Loiola, e a advogada da empresa, Joana DArc, irá decidir o dia exato para a retirada dos materiais.

Joana deu entrada na Justiça de Bela Vista com uma cautelar de seqüestro que solicita que os bens fossem depositados em favor da proprietária da Ionix. O argumento é que todos os compromissos firmados anteriores ao início de novembro foram cumpridos pela Master e, temendo prejuízos desta ordem, a empresa optou por recorrer à Justiça, ação tomada por outros credores.

Diante de notícias que davam conta que a empresa havia falido, diz Joana, a Ionix tentou vários contatos para se certificar acerca da situação e do pagamento. Em uma comunicação atendida, a Master alegou que as obras do frigorífico estavam em fase de conclusão e que o empreendimento seria vendido para a empresa honrar as dívidas. “Como vão vender um imóvel se a Justiça bloqueia as vendas e movimentações financeiras do grupo? Muitos fornecedores estão sob o aguardo da concretização desta informação”, observa. O juiz deliberou o prazo de cinco dias para que o abatedouro apresente uma resposta frente à liminar.

DEMISSÕES - A Avestruz Master (AM) espera economizar 35% da folha de funcionários por meio de remanejamento de trabalhadores e demissões que devem girar em torno de 30 pessoas, disse o sócio-diretor da empresa, Jerson Maciel Júnior. Segundo ele, serão preservados os funcionários que lidam diretamente com os animais nas fazendas e remanejados os das áreas administrativas e vendas. A Master tem cerca de 3 mil funcionários no País, mil destes só em Goiás.

Jerson Júnior garantiu que não haverá demissão em massa e que só será dispensado quem não se enquadrar nas mudanças, ou seja, não aceitar acumular funções, remanejamento ou redução salarial e aqueles que não forem úteis no andamento da empresa. A princípio, o frigorífico Struthio Gold, que deveria empregar 500 pessoas, deve absorver entre 150 e 200 funcionários. A abertura do frigorífico deve acontecer em 30 dias.

COMÉRCIO – Em 30 dias a Avestruz Master pretende retomar a comercialização de aves. O sócio-diretor da empresa, Jerson Júnior, decretou o fim das CPRs e a implantação do sistema de hotelaria para avestruz. O empresário se mostrou confiante no apoio dos investidores que em breve poderão continuar comprando e vendendo avestruz para a Master, que precisa dos animais para abastecer o frigorífico Struthio Gold, cujas atividades devem ter início em um mês. Ele não descartou a possibilidade de reduzir o percentual de ganho dos investidores. Quem não tiver onde instalar as aves pode manter os animais nas fazendas do grupo em sistema de hotelaria. O valor por cabeça vai depender da idade da ave e pode variar de R$ 80 a R$ 180.





Fonte: Diário da Manhã (GO)

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