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CPRs têm CNJP da matriz de GO
O Procon de Cuiabá tem em mãos uma informação importante para o processo de investigação que está aberto em Goiás contra a Avestruz Master Agro Comercial, Importação e Exportação. Todas as Cédulas do Produto Rural (CPRs) comercializadas para investidores mato-grossenses possuem o CNPJ da matriz goiana, ou seja, as aves adquiridas pertencem à matriz e não à unidade de Cuiabá. Pela repetição do cadastro, a unidade de Cuiabá também não pode ser, oficialmente, enquadrada como franquia.
Até o final da tarde de ontem, 36 reclamações haviam sido registradas pelo Procon em Cuiabá. O órgão estima que o número de investidores no Estado possa chegar a 200, mas a Master diz não ter informações para confirmar a estimativa. O discurso da empresa é de que todas as informações foram perdidas após problemas no sistema de informática. A Avestruz Master é investigada pela Polícia Federal (PF) por supostos crimes contra o sistema financeiro e sonegação fiscal. No início do mês, a sede da empresa, em Goiás, chegou a ser fechada, cheques foram devolvidos e pagamentos a investidores, suspensos.
As informações sobre o número de investidores foram prestadas pelos próprios reclamantes, baseados em discursos dos vendedores da Master em Cuiabá.
O chefe do Núcleo de Atendimento e Orientações do Procon, Maurel Castro de Amorim, conta que os investidores pertencem aos mais variados segmentos profissionais e variam de grandes a pequenos aplicadores e que as reclamações convergem para o resgate e reaplicações das CPRs. “Tem gente que aplicou cerca de R$ 1,9 mil e tem gente com cerca de R$ 200 mil”. Castro destaca que entre os investidores há algumas resistências em revelar as cifras injetadas na Master. “Pode ser que os investimentos tenham vindo de fontes não declaradas, como, por exemplo, de lavagem de dinheiro. Mas precisamos reunir o maior número possível de pessoas para termos uma noção mais exata de quantos são e do que têm a receber”, alerta.
Outra dificuldade do Órgão está na obtenção de informações oficiais da Master. Castro explica que o Procon emitiu uma notificação ao responsável pela empresa em Mato Grosso, Ubiratan Ribeiro Pinto, mas ele não foi localizado. A fiscalização do Procon foi até a empresa dele, uma revendedora de óleo lubrificante, mas nenhum funcionário quis receber a notificação. “Este ainda é um processo amigável e meramente administrativo. Se continuar assim, vamos ter de acionar o Ministério Público contra ele. Ele tem de esclarecer o que está acontecendo. Já existe uma ação coletiva movida em Goiás, vai sobrar para todos os responsáveis pela Master”, aponta Castro.
Existe uma orientação do Ministério Público de Goiás e do Procon local de que todos os órgãos de defesa do consumidor nos estados onde há Avestruz Master façam a contagem das aves. Por enquanto, temendo uma ação arbitrária, Castro explica que ainda não há nada proposto para Cuiabá. “De todos os investidores que conversamos, nenhum soube dizer se a fazenda é do grupo, se é do Ubiratan ou se é arrendada. Infelizmente, precisamos estar munidos de mais informações”, lamenta.
Entre os investidores que procuraram o Procon, existem, como explica Castro, dois com cheques da Avestruz Master em mãos. “A orientação que foi dada é que eles depositem. Se voltarem, será mais um argumento”. (Veja mais na página C2)
Até o final da tarde de ontem, 36 reclamações haviam sido registradas pelo Procon em Cuiabá. O órgão estima que o número de investidores no Estado possa chegar a 200, mas a Master diz não ter informações para confirmar a estimativa. O discurso da empresa é de que todas as informações foram perdidas após problemas no sistema de informática. A Avestruz Master é investigada pela Polícia Federal (PF) por supostos crimes contra o sistema financeiro e sonegação fiscal. No início do mês, a sede da empresa, em Goiás, chegou a ser fechada, cheques foram devolvidos e pagamentos a investidores, suspensos.
As informações sobre o número de investidores foram prestadas pelos próprios reclamantes, baseados em discursos dos vendedores da Master em Cuiabá.
O chefe do Núcleo de Atendimento e Orientações do Procon, Maurel Castro de Amorim, conta que os investidores pertencem aos mais variados segmentos profissionais e variam de grandes a pequenos aplicadores e que as reclamações convergem para o resgate e reaplicações das CPRs. “Tem gente que aplicou cerca de R$ 1,9 mil e tem gente com cerca de R$ 200 mil”. Castro destaca que entre os investidores há algumas resistências em revelar as cifras injetadas na Master. “Pode ser que os investimentos tenham vindo de fontes não declaradas, como, por exemplo, de lavagem de dinheiro. Mas precisamos reunir o maior número possível de pessoas para termos uma noção mais exata de quantos são e do que têm a receber”, alerta.
Outra dificuldade do Órgão está na obtenção de informações oficiais da Master. Castro explica que o Procon emitiu uma notificação ao responsável pela empresa em Mato Grosso, Ubiratan Ribeiro Pinto, mas ele não foi localizado. A fiscalização do Procon foi até a empresa dele, uma revendedora de óleo lubrificante, mas nenhum funcionário quis receber a notificação. “Este ainda é um processo amigável e meramente administrativo. Se continuar assim, vamos ter de acionar o Ministério Público contra ele. Ele tem de esclarecer o que está acontecendo. Já existe uma ação coletiva movida em Goiás, vai sobrar para todos os responsáveis pela Master”, aponta Castro.
Existe uma orientação do Ministério Público de Goiás e do Procon local de que todos os órgãos de defesa do consumidor nos estados onde há Avestruz Master façam a contagem das aves. Por enquanto, temendo uma ação arbitrária, Castro explica que ainda não há nada proposto para Cuiabá. “De todos os investidores que conversamos, nenhum soube dizer se a fazenda é do grupo, se é do Ubiratan ou se é arrendada. Infelizmente, precisamos estar munidos de mais informações”, lamenta.
Entre os investidores que procuraram o Procon, existem, como explica Castro, dois com cheques da Avestruz Master em mãos. “A orientação que foi dada é que eles depositem. Se voltarem, será mais um argumento”. (Veja mais na página C2)
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/333839/visualizar/
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