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Polícia Brasil
Quinta - 24 de Novembro de 2005 às 09:33

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A polícia ainda não tem pistas do detento Wiliam David da Silva, 28 anos, que fugiu anteontem de manhã do anexo I da Penitenciária Regional de Pascoal Ramos, que funciona no bairro Centro América, em Cuiabá. A fuga ocorreu por volta das 7h30, após o detento caminhar até os fundos e pular o muro de pouco mais de um metro de altura, que é protegido por uma tela de arame. O anexo, que funciona nos fundos da Gerência Estadual de Polícia (Gepol), não possui vigilância externa, comum em todas as unidades prisionais da capital.

A fuga de Wiliam mostra que a unidade prisional não possui segurança alguma. Além de não ter vigilância externa, como ocorre nos demais presídios da Grande Cuiabá, o anexo possui muros baixos.

“Só não foge daquelas celas quem não quer. Não há segurança alguma. 99% dos presos de lá são gente boa, mas há presos perigosos e esses podem fugir”, disse um policial da Gepol, localizada no mesmo prédio. Para entrar no anexo é preciso passar pela porta principal da Gepol, localizada numa rua atrás da Polícia Rodoviária Estadual (PRE).

Acrescentou que dois agentes prisionais ficam de plantão na entrada do anexo. Até o início deste ano, as celas pertenciam a Gepol, mas acabaram encampadas pela Superintendência do Sistema Prisional.

Uma das suspeitas é que algum automóvel estivesse à disposição do detento numa rua paralela e tenha fugido pela avenida Rubens de Mendonça. Os agentes prisionais de plantão descobriram a fuga por volta das 8h30.

Wiliam era responsável pela limpeza. Às 7 horas, ele saiu para realizar a faxina, como faz todos os dias. Chegou a empilhar, e levar até a frente, as caixas de papelão usadas para colocar marmitex. Em seguida, voltou supostamente para buscar um balde nos fundos do prédio, mas acabou pulando o muro.

Segundo agentes prisionais de plantão, Wiliam é condenado por furto e havia sido transferido recentemente para o anexo que abriga presos com curso superior ou que tenha colaborado com a Justiça. O anexo tem presos também considerados de alta periculosidade, como latrocidas (aquele que mata para roubar).

Em junho, mais de 20 envolvidos na Operação Curupira que tiveram a prisão decretada pela Justiça Federal ficaram presos no anexo 1. O anexo tem atualmente 28 presos distribuídos em seis celas. Ontem à tarde, o Superintendente do Sistema Prisional de Mato Grosso, Domingos Sávio Grosso, determinou a instauração de uma sindicância para apurar a fuga. (AR)




Fonte: Diário de Cuiabá

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