Merkel compromete-se a manter a Alemanha fora do Iraque

Bruxelas - A nova chefe do governo alemão, Angela Merkel, disse que não permitirá que alemães treinem soldados iraquianos dentro do Iraque, mantendo-se fiel a uma política desenhada por seu antecessor no cargo, Gerhard Schroeder. "Continuaremos a aplicar a abordagem de não apoiar treinamento militar ou medidas de treinamento dentro do Iraque", disse Merkel, acrescentando que continuará a dar apoio ao treinamento de soldados iraquianos em outros países.

Durante sua primeira visita ao quartel-general da Otan em Bruxelas, Merkel destacou a necessidade política da aliança militar e garantiu que a Alemanha continuará a dar prioridade máxima à organização, que congrega 26 países, a despeito das divergências com os EUA no tocante à guerra no Iraque.

"Acredito que os laços entre Alemanha e EUA podem ser mais desenvolvidos", disse ela, depois de conversar com o secretário-geral da Otan, Jaap de Hoop Scheffer. Ela também disse apoiar o papel político da aliança. "A Otan deve ser o lugar para onde as pessoas de voltam primeiro para os Estados-membros, para discutir questões políticas de interesse mútuo", declarou, acrescentando que ações miliares unilaterais só deveriam ser possíveis depois que todas as tentativas de uma abordagem dentro da aliança terem se esgotado.

Em setembro, a Otan abriu uma academia de treinamento militar num subúrbio de Bagdá. A Alemanha já deixou claro, porém, que não mandará soldados para dentro do Iraque, nem mesmo em missão de treinamento.