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Internacional
Quarta - 23 de Novembro de 2005 às 19:44

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Pequim 23 nov (EFE).- O Ministério da Saúde chinês confirmou hoje a segunda morte humana por gripe aviária na China, o terceiro caso entre pessoas no país. Segundo o ministério, a vítima foi uma mulher de 35 anos da província de Anhui, no centro do país, que morreu ontem. Informações oficiais apontam que ela contraiu o vírus H5N1 de animais que tinham falecido por essa variante do vírus da gripe aviária.

Um porta-voz oficial do Ministério lembrou também que os contágios registrados até agora foram apenas de aves a humanos, já que "não existem provas até agora no mundo de transmissão da gripe aviária entre seres humanos".

Testes feitos na vítima pelo Centro para a Prevenção e Controle de Doenças confirmaram a existência do vírus H5N1, fato imediatamente comunicado à Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo confirmou a organização em Pequim, aos países vizinhos e a Hong Kong e Macau.

Em 16 de novembro, a China confirmou os primeiros dois casos de gripe aviária em humanos, além de um terceiro caso suspeito.

À época, os dois casos confirmados foram uma criança de nove anos chamado He Junyao (da cidade de Xiangtan, na província central de Hunan, e que se recuperou) e uma jovem fazendeira de 24 anos, que morreu no distrito de Zongyang (província de Anhui) em 10 de novembro.

A irmã de He Junyao, He Yin, de 12 anos, morreu em 17 de outubro com sintomas de pneumonia. Ela foi considerada um caso suspeito por ter sido incinerada antes da confirmação da doença, mas os sintomas eram similares aos de seu irmão.

Ontem, um professor da província de Hunan suspeito de ter contraído a gripe aviária deu negativo nos testes de laboratório, informou ontem a OMS na China.

Os testes, feitos por cientistas chineses, contam com o aval da OMS, que na semana passada enviou a Hunan uma equipe de especialistas para auxiliar nos trabalhos de prevenção e detecção da doença em humanos.

Com relação aos ainmais, a China confirmou hoje mesmo três outros surtos em aves, nas regiões autônomas de Xinjiang e Ningxia (noroeste do país) e Yunnan (no sul, na fronteira com o Vietnã).

Com estes, já são 24 os surtos em aves detectados na China neste ano, que tiveram como resultado 144.624 aves mortas e mais de 21 milhões sacrificadas.

As autoridades chinesas tomaram medidas extraordinárias para frear a epidemia, como um sistema rápido de alerta poucas horas de confirmado um caso, o sacrifício em massa de aves num raio de três quilômetros em torno de qualquer surto e a vacinação de todos os frangos e patos do país.

No ano passado, a China registrou o ano passado cerca de 50 surtos do vírus H5N1 em aves, mas não foi reportado caso algum em humanos.

O vice-ministro da Agricultura, Yin Chengjie, reconheceu em 21 de novembro que a China enfrenta uma "grave" situação no combate da gripe aviária, e as autoridades decidiram vacinar os 14 bilhões de aves domésticas que se estima existirem no país.

Ontem, a Administração Estatal de Remédios aprovou os testes clínicos de uma vacina contra a gripe aviária e afirmou que as provas prévias tinham revelado que esta era bastante segura e eficaz.

"O país aumentará seus esforços para lidar com a situação", disse um porta-voz oficial do Ministério de Assuntos Exteriores ontem. EFE jam dp





Fonte: EFE

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