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Internacional
Quarta - 23 de Novembro de 2005 às 19:20

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O presidente do Quênia, Mwai Kibaki, dissolveu hoje seu Governo, um dia depois de o projeto de Constituição que ele e parte de seu Gabinete defenderam ter sido rejeitado em plebiscito pela população.

"Por causa dos resultados do plebiscito, se fez necessário para mim, como presidente da República, reorganizar o Governo para torná-lo mais coeso e mais capaz de servir ao povo do Quênia", destacou Kibaki em comunicado divulgado por seu serviço de imprensa.

"Por isso, e de acordo com os poderes que me confere a Constituição, ordenei que todos os gabinetes de ministros e vice-ministros fossem declarados vagos", completou.

Kibaki acrescentou que um novo Governo será anunciado em duas semanas. Os votos contrários ao projeto de Constituição, que dava amplos poderes ao presidente, chegaram a 57%, contra 43% a favor da lei.

Mais de 11 milhões de quenianos estavam aptos a votar na última segunda-feira.

O debate sobre a lei rejeitada na segunda-feira manteve o Governo de Kibaki profundamente dividido. O Executivo era formado por vários partidos da antiga oposição que se uniram em 2002 e conseguiram derrotar a base governista de então, no poder desde a independência.

Sete de seus ministros se opuseram firmemente ao documento, que conferia ao presidente amplos poderes e diminuía a importância do cargo de primeiro-ministro. E decidiram fazer alianças com a oposição na campanha contrária à Constituição.

Ontem, após a vitória nas urnas, os detratores da lei pediram que toda a classe política voltasse a se unir para dar aos quenianos uma nova proposta constitucional.

"Trabalharemos, em espírito de reconciliação, para avançarmos rapidamente rumo a uma nova constituição", disse o chefe da oposição, Uhuru Kenyatta.





Fonte: EFE

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