Sharon registra partido e atrai líder trabalhista

Jerusalém - O presidente de Israel e o presidente do Parlamento chegaram a um acordo para realizar eleições gerais em 28 de março, abrindo caminho para que o premier Ariel Sharon tente conquistar um terceiro mandato, agora à frente de um movimento político de centro, registrado hoje com o nome "Responsabilidade Nacional".

O novo partido ganha impulso com o anúncio da adesão de Haim Ramon, um veterano do Partido Trabalhista. Trata-se do primeiro trabalhista a partir para o campo de Sharon.

O estadista Shimon Peres, alijado da presidência do Partido Trabalhista há alguns dias, aparentemente decidiu continuar em sua antiga legenda, a despeito da derrota que sofreu dentro da agremiação ao ser substituído no comando pelo sindicalista Amir Peretz.

Assessores de Sharon dizem que ele fará sua campanha eleitoral em cima do "mapa da paz", plano de estabilização do Oriente Médio proposto por EUA, Rússia, ONU e União Européia. O "mapa" prevê o estabelecimento de um Estado palestino.

No entanto, os assessores Lior Horev e Eyal Arad insistem que a Autoridade Palestina desarticule os grupos armados clandestinos antes que Israel passe a cumprir com sua parte do plano de paz. Já representantes palestinos Diem que essa exigência levará a um impasse e não passa de pretexto para que Israel desenhe as fronteiras entre os dois povos de forma unilateral.

No Partido Likud, que Sharon abandonou, a corrida pela liderança esquenta, com o Ministro da Defesa, Shaul Mofaz, atacando duramente o rival Benjamin Netanyahu. A primária interna do Likud deverá ocorrer em 19 de dezembro.