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Policia MT
Quinta - 20 de Dezembro de 2012 às 14:47

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Nove agentes orientadores do Centro Socioeducativo do Pomeri, foram indiciados nos crimes de tortura e formação de quadrilha, após a conclusão das investigações que apontou o estupro de dois adolescentes dentro da unidade. O inquérito aberto no final de outubro, mediante comunicação da Vara da Infância e Juventude foi encaminhado 6ª Vara Criminal de Cuiabá.

Nas investigações, o delegado titular da Delegacia Especializada do Adolescente (Dea), Paulo Alberto Araújo, pediu a prisão preventiva e indiciou os agentes, entre eles, Adão Baça Hermoza, conhecido por “Wolverine”, apontado como o responsável por abrir as porta do quarto permitindo o acesso de outros internos ao quarto das vítimas. Ele está preso temporariamente e teve pedido de conversão da prisão em preventiva.

Dentre os indiciados e com pedido de prisão está à diretora do Complexo do Pomeri, Maria Giselda da Silva, e o gerente da unidade de internação masculina, Urias Avelino Dantas. Ambos os agentes foram afastados por 30 dias, pela prática de prevaricação, no curso da investigação policial. Tanto a diretora quanto o gerente dificultaram o acesso de informações requeridas pela Polícia Civil. “Todos eles tiveram sua participação”, afirma o delegado.

O inquérito policial foi instaurado a partir da denúncia do estupro e tortura de um menor de 16 anos, do quarto 7, ala 4, abusado na noite do dia 24 para 25 de outubro, possivelmente com a conivência de agentes socioeducadores. O adolescente foi apresentado a DEA, no dia 25 de outubro, para confecção de boletim de ocorrência de estupro e lesão corporal grave.

A partir dessa denúncia, veio à tona o estupro de outro menor de 14 anos, da cidade de Cáceres, violentado entre o dia 17 para 18 de outubro, no mesmo quarto. O menor de 16 anos, de Lucas do Rio Verde, teria presenciado e contado ao pai, que denunciou a violência ocorrida na unidade socioeducativa.

Ao todo, seis adolescentes internos participaram da sessão de tortura e estupro ocorrida no dia 24 de outubro, contra o menor de 16 anos. Três confessaram o estupro e três afirmaram participar da tortura. No quarto havia cinco adolescentes e um sexto teria sido levado de outra ala para participar da violência sexual e espancamento.  Segundo os adolescentes os motivos das agressões foram porque no quarto estava um “guri X 9”. 

Mais de 20 pessoas ouvidas foram ouvidas durante as investigações .






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