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Normalização de laços entre EUA e Indonésia gera críticas
A decisão de Washington de retomar os laços militares com a Indonésia, cortados por causa dos abusos do Exército indonésio no Timor-Leste, foi tomada pelo Governo, mas criticada por outros setores do país asiático.
De Nova Délhi, o presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, apontou que o reatamento de vínculos militares entre ambos os países beneficiará a segurança regional e a luta contra o terrorismo, de acordo com matérias publicadas na imprensa local.
O acordo assinado ontem, terça-feira, na capital americana permitirá à Indonésia comprar armamento militar americano e ter acesso a financiamento e programas de treinamento para suas Forças Armadas.
Além de ajudar a modernizar as Forças Armadas indonésias, os EUA fornecerão incentivos para reformar o corpo militar e apoiarão outros objetivos de segurança indonésio-americanos como a luta antiterrorista e a segurança marítima.
O Departamento de Estado dos EUA diz que a normalização dos laços militares é uma recompensa ao país asiático por sua ajuda na luta antiterrorista.
A Indonésia é o país com a maior população muçulmana do mundo e os EUA a consideram uma voz de moderação no mundo islâmico assim como um "aliado-chave" na luta contra o terrorismo global.
O Parlamento indonésio também comemorou o acordo, mas alguns deputados pediram ao Governo para não confiar muito.
"A vontade americana de restabelecer os vínculos militares com a Indonésia é boa, mas o Parlamento quereria lembrar que não se deve confiar de maneira exclusiva nos EUA como se fez no passado", disse o congressista Abdillah Toha, do Comitê de Defesa parlamentar.
A Indonésia tem o problema que parte de seu material defensivo ficou obsoleto e não consegue peças de reposição.
"É tempo de entrar em relações com uma variedade de países para estas obtenções (compra de armamento)", disse Abdillah.
Os EUA impuseram à Indonésia o embargo de armas em 1999 após a denúncia de sérias violações dos direitos humanos no Timor-Leste e a suposta implicação de militares indonésios no assassinato de dois cidadãos americanos em Papua.
A ONU considera que a Indonésia fracassou em condenar os responsáveis por estes crimes que causaram a morte de mais de mil pessoas e deixaram dezenas de milhares de deslocados no Timor-Leste.
Por este motivo, organizações de direitos humanos locais e internacionais criticaram o levantamento do embargo.
"De uma tacada só, a secretária (americana de Estado, Condoleezza) Rice e o presidente (George) Bush traíram as dezenas de milhares de vítimas da brutalidade militar indonésia na Indonésia e no Timor Leste", disse o diretor da Rede de Ação para a Indonésia e o Timor Leste (Etan, na sigla em inglês), John Miller, mediante um comunicado de imprensa.
O vice-presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos, Zamrotin Susilo, manifestou que é necessário controlar que não se cometam novas violações.
"O mais importante é evitar que as armas sejam usadas para abusar dos direitos humanos como se fez no passado", declarou à EFE Susilo por telefone.
O acordo assinado ontem, terça-feira, na capital americana permitirá à Indonésia comprar armamento militar americano e ter acesso a financiamento e programas de treinamento para suas Forças Armadas.
Além de ajudar a modernizar as Forças Armadas indonésias, os EUA fornecerão incentivos para reformar o corpo militar e apoiarão outros objetivos de segurança indonésio-americanos como a luta antiterrorista e a segurança marítima.
O Departamento de Estado dos EUA diz que a normalização dos laços militares é uma recompensa ao país asiático por sua ajuda na luta antiterrorista.
A Indonésia é o país com a maior população muçulmana do mundo e os EUA a consideram uma voz de moderação no mundo islâmico assim como um "aliado-chave" na luta contra o terrorismo global.
O Parlamento indonésio também comemorou o acordo, mas alguns deputados pediram ao Governo para não confiar muito.
"A vontade americana de restabelecer os vínculos militares com a Indonésia é boa, mas o Parlamento quereria lembrar que não se deve confiar de maneira exclusiva nos EUA como se fez no passado", disse o congressista Abdillah Toha, do Comitê de Defesa parlamentar.
A Indonésia tem o problema que parte de seu material defensivo ficou obsoleto e não consegue peças de reposição.
"É tempo de entrar em relações com uma variedade de países para estas obtenções (compra de armamento)", disse Abdillah.
Os EUA impuseram à Indonésia o embargo de armas em 1999 após a denúncia de sérias violações dos direitos humanos no Timor-Leste e a suposta implicação de militares indonésios no assassinato de dois cidadãos americanos em Papua.
A ONU considera que a Indonésia fracassou em condenar os responsáveis por estes crimes que causaram a morte de mais de mil pessoas e deixaram dezenas de milhares de deslocados no Timor-Leste.
Por este motivo, organizações de direitos humanos locais e internacionais criticaram o levantamento do embargo.
"De uma tacada só, a secretária (americana de Estado, Condoleezza) Rice e o presidente (George) Bush traíram as dezenas de milhares de vítimas da brutalidade militar indonésia na Indonésia e no Timor Leste", disse o diretor da Rede de Ação para a Indonésia e o Timor Leste (Etan, na sigla em inglês), John Miller, mediante um comunicado de imprensa.
O vice-presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos, Zamrotin Susilo, manifestou que é necessário controlar que não se cometam novas violações.
"O mais importante é evitar que as armas sejam usadas para abusar dos direitos humanos como se fez no passado", declarou à EFE Susilo por telefone.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/334107/visualizar/
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