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Internacional
Terça - 22 de Novembro de 2005 às 20:10

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A política de desenvolvimento da União Européia incluirá a maior parte dos países da América Latina e do sul do Mediterrâneo, segundo decidiu hoje o Conselho de Ministros da UE, que também apoiou uma estratégia integrada para a África.

Os ministros de Desenvolvimento da UE fecharam hoje a primeira declaração sobre política de desenvolvimento, que estabelece as prioridades comuns neste campo para os próximos anos.

Este documento inclui os chamados países de renda média-baixa, o que inclui a maior parte da América Latina e o sul do Mediterrâneo.

"Estes países são fundamentais para nossa política de cooperação com o desenvolvimento", afirmou hoje a secretária de Estado espanhola de Cooperação Internacional, Leire Pajín.

A representante espanhola afirmou que essas nações, apesar de ter uma renda per capita superior à das nações mais pobres, têm graves problemas "de coesão social e bolsões de pobreza extrema".

Pajín exemplificou que a Guatemala e o Equador entram nessa categoria de renda média-baixa, e que não há dúvida que os países desse grupo "continuam necessitando de apoio contundente" para seu próprio desenvolvimento.

O objetivo é avançar em coordenação e eficácia na hora de organizar e distribuir a ajuda, indicou Pajín.

"Temos de nos assegurar que nossos fundos e políticas tenham efeito", afirmou por sua vez o ministro de Cooperação e Desenvolvimento Internacional do Reino Unido, Hilary Benn, que presidiu o Conselho.

Benn destacou que a UE é responsável por 80% das novas ajudas ao desenvolvimento no mundo.

Os 25 países do bloco apoiaram também uma nova estratégia para a África que englobe questões como o desenvolvimento, boa governança, direitos humanos, segurança, meio ambiente, direitos das mulheres, luta contra pandemias e emigração.

O objetivo é marcar "linhas de estratégia que superem a atual fragmentação de políticas" com uma linha geral "coerente e coordenada", destacou Pajín.

A estratégia tem o objetivo de aumentar o diálogo com a União Africana e com as entidades sub-regionais do continente, dentro da cooperação que Bruxelas procura estabelecer para promover o desenvolvimento do continente através da criação de infra-estruturas regionais.

A UE também estuda criar um fundo especial dentro do Banco Europeu de Investimentos (BEI), segundo indicou após a reunião o comissário europeu de Desenvolvimento, Louis Michel.

Poderiam participar neste fundo entidades financeiras internacionais, assim como os países do bloco, de acordo com seus desejos.

Estas iniciativas buscam fortalecer o continente e servir de base para um desenvolvimento eficaz e sustentável que permita frear a pressão migratória de muitos países africanos.

A aprovação formal da declaração comum e da estratégia para a África está prevista para a cúpula que será realizada em Bruxelas em 15 e 16 de dezembro.

O Conselho de Desenvolvimento revisou também o estado da ajuda humanitária de emergência durante os últimos 12 meses, como a dada às vítimas do maremoto do sudeste asiático do Natal passado, o mais recente terremoto na Caxemira e as várias tempestades tropicais na América Central.





Fonte: EFE

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