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Nacional
Terça - 22 de Novembro de 2005 às 13:22
Por: Jander Ramon

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São Paulo - O aumento da desaprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de 39,4% para 44,2%, segundo a pesquisa CNT/Sensus divulgada hoje, sustentam um movimento popular pedindo o impeachment do presidente da República. A opinião é do presidente da Força Sindical, segunda maior central de trabalhadores do País, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, que também preside o PDT em São Paulo.

"A pesquisa CNT/Sensus reflete bem o sentimento de desesperança e desilusão do povo brasileiro. O presidente Lula é visto como um mentiroso, um homem público que nada sabe e, portanto, o mais correto seria dar início ao processo de impeachment de Lula", disse o líder sindical à Agência Estado.

A Força seria a primeira liderança sindical do País, garantiu Paulinho, a ir para as ruas encampar mobilizações populares para reivindicar a saída de Lula do poder. Por isso, a central apóia o movimento "Da Indignação à Ação", liderado pelo jurista Miguel Reale Jr., que deverá se reunir hoje com parlamentares, no Congresso Nacional, para debater o pedido de impedimento de Lula.

"O dr. Reale Jr. tem capital moral para ingressar com esse pedido de impeachment. A Ordem dos Advogados do Brasil, pelo que sabemos, também começa a discutir mais seriamente o pedido de impeachment de Lula", comentou.

Embora favorável ao processo de impedimento, o sindicalista analisa que um processo dessa ordem enfrenta sérias dificuldades por resistência, essencialmente, dos partidos de oposição.

"Os partidos optam por continuar sangrando o governo, cozinhando o presidente em fogo baixo, para que ele chegue desmoralizado na eleição do próximo ano. Isso acontece até dentro do PDT, reconheço", declarou. "Nosso entendimento é que o Brasil não tem tempo a perder e não deve, em nenhuma hipótese, ficar mais 14 meses como os últimos seis, totalmente paralisado. A decisão de impeachment deveria ser imediata", argumentou.

Exatamente por considerar que o País permanecerá na paralisia que ele entende haver nos últimos seis meses, Paulinho diz que ficaria satisfeito se o presidente da República "cometesse irresponsabilidades" na condução da política econômica. "Ficaríamos satisfeitos se o governo derrubasse a Selic em cinco pontos porcentuais já nesta reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), entre hoje e amanhã, e mais cinco pontos no mês que vem", informou.

"Também gostaríamos se o governo gastasse mais em infra-estrutura, nas nossas rodovias, principalmente, e se preocupasse em gerar mais emprego e maior crescimento econômico. Nosso potencial de crescimento do PIB é de, no mínimo, 6%, mas acho que o governo não vai nos atender", adicionou.





Fonte: Agência Estado

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