Palocci divide atenção do investidor com ata do Fed

O mercado financeiro local deve concentrar as atenções nesta terça-feira nos eventos envolvendo o ministro da Fazenda, Antonio Palocci. O foco se divide entre a votação na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos do Senado para a convocação de Palocci e a audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, onde o ministro presta esclarecimentos sobre dívidas de autarquias federais, entre outros assuntos.

A votação do requerimento na CPI, que também decidirá sobre a convocação do irmão de Lula, Genival Inácio da Silva, e o testemunho de Palocci em comissão na Câmara devem dividir a mira dos agentes financeiros com a ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA). No encontro realizado em 1º de novembro, a autoridade monetária norte-americana elevou o juro básico daquele país em 0,25 ponto, para 4% ao ano.

Os agentes também reagem a mais um leilão de contratos de swap cambial reverso - com os quais o BC enxuga o mercado futuro de dólares. Hoje o BC vende até 10,5 mil contratos, no valor aproximado de US$ 500 milhões.

A agenda de indicadores também conta com os resultados da 79ª rodada da pesquisa CNT/Sensus, com dados sobre a popularidade do governo e simulações para as eleições presidenciais de 2006 - primeiro e segundo turno. E o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) divulga as previsões dos empresários do setor industrial para 2006 no que diz respeito a temas como faturamento, exportações e investimentos, entre outros.