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Agronegócios
Terça - 22 de Novembro de 2005 às 09:36

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As exportações do agronegócio registraram recorde entre janeiro e outubro, com US$ 36,2 bilhões, resultado 9,6% superior aos US$ 33 bilhões registrado no mesmo período do ano passado.

A Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) avalia, porém, que houve uma perda do dinamismo no ritmo das vendas ao exterior no setor.

Nos primeiros dez meses de 2004, os US$ 33 bilhões de exportações do agronegócio representaram um crescimento de 29,5% sobre o resultado do mesmo período do ano anterior.

"Essa trajetória de crescimento deve ser interrompida. Se alcançarmos o mesmo nível no ano que vem, vai ser uma grande conquista", afirma o chefe do departamento de assuntos internacionais e de comércio exterior da CNA, Antônio Donizeti Beraldo.

Ele explicou que a perda de fôlego do aumento das exportações do agronegócio está diretamente ligada à má performance do complexo soja (grão, farelo e óleo), carro-chefe da balança comercial agropecuária do país.

De janeiro a outubro, as vendas de soja ao exterior caíram 12% em comparação com os dez primeiros meses de 2004, passando de US$ 9,29 bilhões para US$ 8,12 bilhões. A estimativa é que as exportações do produto fechem 2005 com US$ 8,8 bilhões, contra US$ 10 bilhões do ano passado.

A redução foi provocada pela queda dos preços da soja no mercado internacional, que estão aproximadamente 15% inferiores aos da mesma época de 2004.

PIB - A CNA divulgou também estudo feito em parceria com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) que mostra que o PIB (Produto Interno Bruto) do agronegócio em 2005 deve ficar em R$ 520,59 bilhões.

"É o pior desempenho desde a primeira estimativa realizada em 1995", afirma o chefe do departamento econômico da CNA, Getúlio Pernambuco. No ano passado, o PIB do setor foi de R$ 533,98 bilhões.

Getúlio citou três fatores para a diminuição: a quebra da safra brasileira (perda de 20 milhões de toneladas de grãos), a supersafra mundial, que reduziu os preços internacionais, e a valorização do real diante do dólar.





Fonte: Da Folhapress

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