Taxa de devolução cresce 35,1% no mês de outubro

A taxa de cheques sem fundo emitidos por consumidores mato-grossenses aumentou 35,1% em outubro na comparação com o mês anterior, conforme levantamento mensal realizado pela Telecheque. No décimo mês do ano 3,94% dos documentos emitidos foram devolvidos por falta de fundos. Em setembro o índice de devoluções foi de 2,91%. O volume de cheques honrados sofreu redução de 0,77% na comparação entre os dois meses. Em setembro foram honrados 96,5% dos cheques emitidos e em outubro apenas 95,76%. O resultado coloca o Estado em quarto lugar entre os piores pagadores do país.

A taxa de inadimplência de Mato Grosso foi 37,28% superior a média nacional de 2,87%. Mas o maior índice de cheques devolvidos foi registrado no Rio Grande do Norte, onde o volume de documentos sem fundo ficou em 6,35%. Em seguida vem o Estado do Amazonas com 4,9%. Na terceira posição vem o Pará, que registrou índice de 4,41%. A pesquisa demonstra que entre os melhores pagadores do país aparecem os Estados de Sergipe, Rio Grande do Sul e Goiás. Nas unidades da federação as taxas de cheques devolvidos somam 1,87%, 1,99% e 2,02%, respectivamente.

Para o presidente da Federação do Comércio em Mato Grosso (Fecomércio), Pedro Nadaf, as economias em ascensão sofrem mais quando passam por processos de estagnação. Foi o que aconteceu com o Estado, colocando-o entre os piores pagadores do país. "Este é um reflexo da desaceleração da economia". Nadaf espera uma reação do mercado somente em dezembro, quando o pagamento do 13º salário deve injetar cerca de R$ 600 milhões na economia, desencadeando aquecimento nas vendas.

Mesmo assim não há expectativa de crescimento no volume de vendas no período de Festas, em relação a igual período de 2004.

Apenas uma reação no setor primário, associado a investimentos federais em infra-estrutura e novas quedas na taxa de juros podem resultar em mudanças no panorama econômico em 2006.