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Internacional
Segunda - 21 de Novembro de 2005 às 15:33

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Jerusalém - A transformação de Ariel Sharon, de extremista de direita em moderado, chegou a um ponto sem volta com sua decisão de deixar o Likud, partido que levou ao poder nas eleições de 2003, e que havia ajudado a fundar. Na primeira reunião de seu novo partido, com o nome provisório de "Responsabilidade Nacional", Sharon prometeu seguir o "mapa da paz" proposto por mediadores estrangeiros - EUA, Rússia, ONU e Europa - e que culmina com a criação de um Estado palestino. Onze deputados dos 40 do Likud se uniram hoje a Sharon na primeira reunião do novo partido.

A decisão de deixar o Likud foi necessária porque o primeiro-ministro está determinado a "executar seu plano", diz um ex-assessor, Arnon Perlman. Alas mais conservadoras do Likud opuseram-se a iniciativas do premier, como a retirada de Gaza, e quase derrubaram o governo diversas vezes.

O novo partido muda a topografia política de Israel. Até palestinos demonstraram algum entusiasmo e esperança com a decisão.

O Partido trabalhista de Israel - que apoiou Sharon durante a retirada de Gaza, mas que no final de semana decidiu parar de apoiar o atual governo, precipitando a necessidade de eleições parlamentares - ainda prefere realizar o pleito em 28 de março, data fixada em acordo anterior ao anúncio da decisão de Sharon de deixar o Likud. O Parlamento israelense deve realizar ainda hoje a primeira de quatro votações sobre a dissolução da assembléia.

"Temos uma situação na qual a maioria dos partidos concorda com a data de 28 de março", disse o líder do partido e potencial futuro primeiro-ministro, Amir Peretz. No entanto, se o presidente de Israel, Moshe Katsav, decidir dissolver a assembléia sem esperar pelas quatro votações, o pleito poderá ocorrer ainda em março, mas mais para o início do mês.





Fonte: AP

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