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Economia
Quarta - 19 de Dezembro de 2012 às 21:43
Por: DENISE LUNA

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As combalidas ações da Petrobras ganharam um pouco mais de gás nesta quarta-feira (19), depois que o governo confirmou pela primeira vez que vai autorizar o aumento da gasolina e do diesel em 2013, conforme antecipou a Folha em novembro, e no meio da tarde a empresa divulgar a meta de reduzir custos em R$ 32 bilhões até 2016.

Os papéis preferenciais da companhia subiram 3,77%, para R$ 20,93, e as ordinárias, 3,58%, para R$ 21,13. O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa brasileira, subiu 0,89%.

"O governo agora deixou claro o que era só especulação e acenou com uma compensação na inflação com a queda da tarifa de energia elétrica, o que era a grande preocupação do governo e opunha a empresa ao controlador", disse Lucas Brendler, da Geração Futuro.

Ele não acredita, no entanto, que o governo autorize a recomposição de toda a defasagem de preços da gasolina e do diesel em relação ao valor internacional do petróleo. Ele diz que, com a queda da cotação da commodity nas últimas semanas, a defasagem, que já chegou a atingir 30%, caiu pela metade.

"Eu ainda não acredito que o repasse de preço compense tudo o que a Petrobras perdeu, mas deve vir algo da rodem de 10%, 15%", disse.

Brendler disse que o detalhamento do Procop (Programa de Otimização de Custos Operacionais) também ajudou a inflar o papel, destacando a busca da eficiência em todos os itens do plano. "O programa prevê ter um ganho de eficiência de R$ 8 bilhões por ano nos próximos 4 anos. É mais eficiência nas paradas programadas, na exploração e na produção, e isso agradou."

Segundo o o estrategista-chefe da corretora SLW, Pedro Galdi, "qualquer notícia favorável em valor a combustível, a ação dispara".

Ele considera o preço da ação da Petrobras muito defasada em relação a outra principal "blue chip" (ações mais negociadas da Bolsa), a Vale. "No ano, a Vale sobe 14% enquanto a Petrobras cai 2%. O governo tem mesmo que aumentar o combustível."






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