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Polícia Brasil
Segunda - 21 de Novembro de 2005 às 08:54
Por: Adilson Rosa

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Com pouco mais de 15 casas, a rua Poconé no bairro Vila Rosa é referência em drogas Cuiabá, ao lado da rua da Paz no bairro Pedregal ou na Ademar de Barros, em Várzea Grande, conhecida como rua 12, numa alusão ao artigo da Lei dos Tóxicos. A rua Poconé vai além. É conhecida como a “Feirinha da Maconha”, mas o tráfico não se limita a esse tipo de droga. Por lá, é possível encontrar pasta-base de cocaína a qualquer hora do dia.

Esta semana a reportagem esteve no local e não encontrou traficante algum, mas moradores confirmaram que o movimento é grande durante a noite. Em menos de dois meses, três adolescentes foram presos ali acusados de tráfico.

Na semana passada, um adolescente de 16 anos acabou preso com 28 trouxinhas de pasta-base escondidos na roupa. Policiais militares passaram na rua e não tiveram dificuldades em localizar a droga. O garoto não negou que tivesse traficante. Relatou que tinha recebido 30 trouxinhas e tinha vendido duas, por R$ 5 cada.

“A rua tem fama de feirinha da maconha, mas não vende só maconha. A venda maior é de pasta-base de cocaína. A venda corre solta”, afirmou um morador da rua há três anos. Com filhos adolescentes, ele explicou que tem esforço redobrado para não ter contato com os traficantes. O garoto preso na semana passada mora num barraco localizado em frente de sua casa.

Além da venda, a rua possui vários barracos que são usados pelos viciados. Para a Polícia, a rua é “completa”, pois além de oferecer maconha e cocaína, é um local em que a pessoa pode fazer uso, principalmente à noite.

A Vila Rosa é um bairro que nasceu às margens do córrego Gumitá na divisa com o bairro Novo Mato Grosso. São duas ruas - a Poconé é a principal.

Os moradores explicam que o movimento maior está no período noturno. “A própria localização da rua ajuda. E olha que aqui não é escuro. Só no final da rua. No meio, não”, explicou um morador.

Na mesma rua, mora a vendedora de bolo e biscoitos que estava drogada e esfaqueou a filha de 16 anos. “Minha mãe é usuária, não é traficante não. Vem uns rapazes usar droga na casa dela, mas ela não é traficante”, se apressou a explicar uma filha da vendedora.

Policiais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) informaram que conhecem a Feirinha da Maconha. Receberam várias denúncias, mas não localizaram os traficantes. “Não deixamos de investigar, porém não é fácil localizar os suspeitos com droga”, disse um policial.





Fonte: Diário de Cuiabá

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