Repórter News - reporternews.com.br
Noticias da TV
Sábado - 19 de Novembro de 2005 às 22:55
Por: Luis Augusto Nobre

    Imprimir


Thalma de Freitas nasceu no Rio, cresceu em São Paulo e atualmente faz o papel de Baiana, em Bang Bang. "Tenho certeza de que me chamaram porque sei fazer sotaque muito bem", gaba-se. A personagem é a única brasileira numa novela recheada de "gringos" e é a terceira vez que a atriz interpreta uma moça nascida na "boa terra" - as outras foram a Marilda, de Dona Flor e Seus Dois Maridos, e a Zilma, de Laços de Família.

E foi justamente no período em que se dedicou à minissérie inspirada na obra de Jorge Amado, em 1998, que ela pegou o sotaque. Afinal, gravou durante três meses na Bahia. "Voltei a ponto de fazer fonoaudiologia, porque as pessoas perguntavam se eu era baiana mesmo", relembra.

Quando foi convidada para fazer a novela de Mário Prata, a atriz não teve dúvida em interpretar "uma típica baiana arretada". O processo de "incorporação", diverte-se Thalma, já começa nos bastidores, quando ela veste o figurino e brinca com as camareiras. No decorrer da novela, a atriz promete mostrar as muitas facetas da personagem, que é uma mulher cheia de charme e mistério.

O maior deles, acredita, é sua origem, que ela sempre disfarça dizendo que é uma longa história. "Estou doida para descobrir quem ela é, de onde veio e, principalmente, como foi parar naquele lugar", indaga-se.

Em sua primeira experiência assumidamente cômica na tevê, Thalma não chegou a se espantar com a sua capacidade de fazer rir. Desde sempre, ela se considera uma pessoa brincalhona, daquelas que imitam pessoas e sotaques. "Não sei como não me chamaram para fazer comédia antes", queixa-se, em tom jocoso. Na tevê, ela estreou em 1996, quando interpretou a empregada Dolores em Vira-Lata. O convite, lembra ela, partiu do diretor Jorge Fernando. Na época, Thalma participava de musicais ao lado de Cláudia Raia.

Muito antes disso, porém, já cantava na noite paulistana. O dom de cantar, aliás, é herança de família: Thalma é filha do maestro Laércio de Freitas. "Não sei o que deu errado. Achava que ia ser cantora porque todo mundo lá em casa canta bem", brinca.

Paralelamente à carreira de atriz, Thalma de Freitas sempre se arrisca nos palcos. "Na verdade, não dá muito para comparar. É como escolher entre dois filhos", compara. Desde cedo, ela foi incentivada pelo pai para ingressar na carreira musical. E, enquanto pôde, a forçou a estudar letra e melodia. Além de seus eventuais shows, Thalma também faz parte do Orquestra Imperial, grupo que existe há três anos e que sempre recebe convidados em suas apresentações - em geral, figuras da velha guarda do samba carioca. "Recentemente, não pude viajar com o grupo para os Estados Unidos porque estava começando a gravar a novela. Fiquei com pena, mas sei que essa não será a primeira e única vez", acredita.

Graças à visibilidade alcançada na tevê, a "atriz-cantora" - que chegou a lançar um CD em 2004 - admite que encontra uma certa facilidade para divulgar seu trabalho. Nos shows que faz, interpreta aquele que pode ser considerado um dos trunfos de seu repertório, a música Cordeiro de Nanã, que embalou as cenas entre Maria do Carmo e Isabel, personagens de Susana Vieira e Carolina Dieckmann em Senhora do Destino.

À vontade no palco, Thalma se vê cercada de pessoas que sempre acompanharam a sua carreira, o que torna o clima do show o mais descontraído possível. "Se a gente erra, logo pára e começa de novo. Já aconteceu, por exemplo, de eu pedir desculpas por ter esquecido a letra da música", confessa, encabulada.

Entre amigos - Nos bastidores de Bang Bang, Thalma de Freitas revela o seu lado espirituoso em brincadeiras com o restante do elenco. Um de seus "alvos favoritos" é Ney Latorraca, que interpreta Aquarius Lane.

"O Ney tem o negócio de ser um 'monstro sagrado'. Os meninos o chamam de monstro e eu, de sagrado. Sempre que o vejo, agacho e beijo a sua mão", sorri. A admiração pelo ator vem dos tempos em que ela foi "amadrinhada" por Cláudia Raia. Nas coxias dos musicais, Cláudia contava inúmeras histórias da época do extinto TV Pirata.

Quem também não escapa das brincadeiras de Thalma é Marisa Orth, que vive a Úrsula na trama. "Comecei a cantar 'Eu Sou a Melhor' para a Marisa e ela quase desabou no choro", exagera a atriz, referindo-se à música do extinto grupo Luni, no qual Marisa era vocalista. Entre uma cena e outra, a atriz fez amizade também com o cantor , que vive o vilão Kid Cadillac. "Quando era mais nova, vivia ligando para as rádios só para pedir Titãs", diverte-se.

Da carreira de cantora, Thalma também não tem do que reclamar. Por ocasião da gravação do CD Thalma de Freitas, teve a chance de trabalhar ao lado do pai e de alguns amigos dele, todos com mais de 50 anos de carreira. "O Wilson das Neves, que considero o melhor baterista do Brasil, é um dos que toca comigo. Ele sempre pergunta como quero a música", orgulha-se.





Fonte: TV Press

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/334914/visualizar/