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Internacional
Sábado - 19 de Novembro de 2005 às 20:50

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O ex-presidente peruano Alberto Fujimori, preso há 13 dias em Santiago, será defendido no julgamento de extradição pelo advogado chileno que defendeu com sucesso o ex-presidente da Argentina Carlos Menem em um julgamento semelhante.

Gabriel Zaliaznik será acompanhado pelo também advogado chileno Francisco Veloso, informou hoje o advogado peruano do ex-presidente (1990-2000), César Nakasaki.

Ambos visitaram Fujimori hoje na Escola de Gendarmaria (guarda de prisões) onde permanece preso desde a madrugada de segunda-feira 7 de novembro.

A designação dos advogados que enfretarão o processo de extradição para Lima do ex-governante aconteceu após a renúncia do chileno Juan Carlos Osorio, que foi desabilitado porque é encarregado de processos paralelos com outros cidadãos peruanos, que podem ser prejudicados se forem envolvidos com Fujimori.

O advogado Zaliaznik tem experiência em extradições, já que representou com sucesso o ex-presidente da Argentina Carlos Menem, que residiu no Chile durante todo o ano de 2004 e cuja extradição foi pedida por dois juízes argentinos que o imputaron em delitos financeiros.

Ambos os pedidos foram negados pela Corte Suprema chilena, por não cumprir os requisitos legais para casos de extradição.

Fujimori recebeu hoje também a visita de sua filha Keiko, que chegou ontem, sexta-feira, a Santiago.

Os outros dois filhos de Fujimori, Kenji e Hiro, estão há vários dias no Chile e visitaram várias vezes seu pai na escola de formação de funcionários de prisões onde está detido.

O novo advogado de Fujimori esteve mais de uma hora com seu cliente e a sua saída disse aos jornalistas que não faria declarações até que oficialize seu defensoria ao juiz da Corte Suprema Orlando Álvarez.

"Todas as causas são complexas e todas as causas podem chegar a bom lugar se forem trabalhadas corretamente", disse o advogado aos jornalistas.

Zaliaznik e Veloso se apresentará na segunda-feira ao juiz Álvarez para substituir formalmente Juan Carlos Osorio.

Quanto à estratégia da defesa, o advogado peruano César Nakasaki disse que dependerá dos termos da solicitação de extradição.

"Os termos da defesa dependem dos termos do ataque, então é preciso esperar a formulação da solicitação de extradição dentro do prazo legal que a lei chilena estabelece e só nesse momento, com nossa argumentação apresentada estaremos pedindo a liberdade provisória", afirmou.

Ele acrescentou que esta "não é a primeira prioridade nem o primeiro objetivo da defesa de Fujimori neste momento".

Fujimori, que teve a liberdade provisória negada duas vezes, está preso no Chile desde algumas horas após sua chegada procedente do Japão em 6 de novembro.

O Governo peruano e seu advogado no Chile, Alfredo Etcheberry, trabalham intensamente para estudar cada uma das solicitações de extradição que vão apresentar contra o ex-presidente do país, a fim de estar seguros de que sejam compatíveis com o tratado de extradição assinado entre ambos os países em 1932 e com a jurisprudência chilena.

Com esse objetivo viajou na quinta-feira passada ao Chile o Procurador Anticorrupção do Peru, Carlos Maldonado, que volta hoje a Lima.





Fonte: EFE

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