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Bush deve pressionar China sobre comércio e liberdade religiosa
O presidente norte-americano, George W. Bush, planeja no domingo pressionar o presidente chinês, Hu Jintao, a frear o crescente superávit comercial da China, em conversações sobre comércio que, segundo afirmou, serão francas.
A China deu um tom otimista ao encontro ao concordar com a compra de 70 aviões da Boeing, num acordo de até 5 bilhões de dólares. O acordo sobre os aviões do tipo 737 deve ser anunciado ainda neste fim de semana.
"Estou ansioso para ter discussões francas com o presidente Hu no domingo sobre a nossa necessidade de encontrar soluções para as nossas diferenças comerciais com a China", disse Bush em seu programa semanal de rádio no sábado.
Bush também exortará Hu a permitir maior liberdade religiosa na China, mensagem que pretende reforçar ao iniciar o dia nos cultos de domingo da igreja de Gangwashi, uma das cinco igrejas protestantes reconhecidas oficialmente em Pequim.
Autoridades norte-americanas não ficaram satisfeitas com a recente condenação, por um tribunal chinês, de um ministro protestante, sua mulher e o irmão dela a até três anos de prisão pela impressão ilegal de bíblias e outras publicações cristãs.
"Claro, é domingo e o presidente vai querer ir à igreja", disse Mike Green, diretor para assuntos asiáticos do Conselho de Segurança da Casa Branca. "Mas também é importante que o mundo veja e o povo chinês veja que a expressão da fé é uma coisa boa para uma sociedade saudável e madura."
Bush deu início a sua turnê de uma semana pela Ásia exortando a China a fazer reformas políticas e disse que Taiwan, arqui-rival de Pequim, é um modelo de democracia.
A China contornou o apelo de Bush, com a afirmação, por um porta-voz do governo, de que os chineses "gozam de todas as formas de democracia e liberdade dentro da lei".
A China é um dos quatro países visitados por Bush nesta viagem à Ásia. O presidente norte-americano começou o tour pelo Japão, e depois visitou a Coréia do Sul, onde participou da cúpula da Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec). A viagem termina na segunda-feira com uma visita à Mongólia.
PRODUTOS PIRATAS
Bush enfrenta pressão nos EUA para conseguir concessões comerciais. Políticos e industriais norte-americanos mostram preocupação com a taxa do iuan e a pirataria de software, músicas e livros dos EUA.
O superávit comercial da China com os Estados Unidos pode ultrapassar 200 bilhões de dólares este ano. Mas muitos analistas acreditam que uma concessão imediata sobre o iuan é pouco provável.
"A China precisa fornecer algum espaço para os empresários e fazendeiros norte-americanos que querem acesso ao mercado da China", disse.
Em julho, a China pôs fim à política de atrelar o iuan à cotação de 8,28 por dólar, fazendo uma valorização de 2,1 por cento e adotando um sistema de flutuação em relação a uma cesta de moedas. Bush elogiou a iniciativa, classificando-a de primeiro passo, mas vem insistindo para que a China vá além.
Ao mesmo tempo em que dizem que têm o mesmo objetivo de Bush em relação à flexibilidade cambial, os líderes chineses afirmam que, para defender a estabilidade, é preciso pesar cuidadosamente quando fazer novos ajustes.
Mas Bush continua com intenção de levantar a questão.
"Eles precisam se mexer", afirmou Faryar Shirzad, especialista em questões econômicas do Conselho de Segurança da Casa Branca. "Compreendemos que o caminho até a flexibilidade plena terá que ser gradual. Mas realmente está na hora de eles começarem a ir muito além do que já foram."
Bush e Hu também discutirão estratégias para convencer a Coréia do Norte a abrir mão de armas nucleares e os esforços para prevenir uma pandemia de gripe aviária.
A China deu um tom otimista ao encontro ao concordar com a compra de 70 aviões da Boeing, num acordo de até 5 bilhões de dólares. O acordo sobre os aviões do tipo 737 deve ser anunciado ainda neste fim de semana.
"Estou ansioso para ter discussões francas com o presidente Hu no domingo sobre a nossa necessidade de encontrar soluções para as nossas diferenças comerciais com a China", disse Bush em seu programa semanal de rádio no sábado.
Bush também exortará Hu a permitir maior liberdade religiosa na China, mensagem que pretende reforçar ao iniciar o dia nos cultos de domingo da igreja de Gangwashi, uma das cinco igrejas protestantes reconhecidas oficialmente em Pequim.
Autoridades norte-americanas não ficaram satisfeitas com a recente condenação, por um tribunal chinês, de um ministro protestante, sua mulher e o irmão dela a até três anos de prisão pela impressão ilegal de bíblias e outras publicações cristãs.
"Claro, é domingo e o presidente vai querer ir à igreja", disse Mike Green, diretor para assuntos asiáticos do Conselho de Segurança da Casa Branca. "Mas também é importante que o mundo veja e o povo chinês veja que a expressão da fé é uma coisa boa para uma sociedade saudável e madura."
Bush deu início a sua turnê de uma semana pela Ásia exortando a China a fazer reformas políticas e disse que Taiwan, arqui-rival de Pequim, é um modelo de democracia.
A China contornou o apelo de Bush, com a afirmação, por um porta-voz do governo, de que os chineses "gozam de todas as formas de democracia e liberdade dentro da lei".
A China é um dos quatro países visitados por Bush nesta viagem à Ásia. O presidente norte-americano começou o tour pelo Japão, e depois visitou a Coréia do Sul, onde participou da cúpula da Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec). A viagem termina na segunda-feira com uma visita à Mongólia.
PRODUTOS PIRATAS
Bush enfrenta pressão nos EUA para conseguir concessões comerciais. Políticos e industriais norte-americanos mostram preocupação com a taxa do iuan e a pirataria de software, músicas e livros dos EUA.
O superávit comercial da China com os Estados Unidos pode ultrapassar 200 bilhões de dólares este ano. Mas muitos analistas acreditam que uma concessão imediata sobre o iuan é pouco provável.
"A China precisa fornecer algum espaço para os empresários e fazendeiros norte-americanos que querem acesso ao mercado da China", disse.
Em julho, a China pôs fim à política de atrelar o iuan à cotação de 8,28 por dólar, fazendo uma valorização de 2,1 por cento e adotando um sistema de flutuação em relação a uma cesta de moedas. Bush elogiou a iniciativa, classificando-a de primeiro passo, mas vem insistindo para que a China vá além.
Ao mesmo tempo em que dizem que têm o mesmo objetivo de Bush em relação à flexibilidade cambial, os líderes chineses afirmam que, para defender a estabilidade, é preciso pesar cuidadosamente quando fazer novos ajustes.
Mas Bush continua com intenção de levantar a questão.
"Eles precisam se mexer", afirmou Faryar Shirzad, especialista em questões econômicas do Conselho de Segurança da Casa Branca. "Compreendemos que o caminho até a flexibilidade plena terá que ser gradual. Mas realmente está na hora de eles começarem a ir muito além do que já foram."
Bush e Hu também discutirão estratégias para convencer a Coréia do Norte a abrir mão de armas nucleares e os esforços para prevenir uma pandemia de gripe aviária.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/334945/visualizar/
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