No entanto, de acordo com a Polícia Civil, os funcionários da escola alegaram que nunca notaram nenhuma situação diferente em relação ao zelador, que tinha a responsabilidade de cuidar das crianças durante o intervalo. A denúncia foi feita pela própria direção da unidade após a mãe de uma das vítimas relatar que o suspeito teria acariciado as partes íntimas da filha. Com isso, a direção registrou um boletim de ocorrência na polícia e decidiu pelo afastamento do servidor.
Segundo a polícia, outras duas alunas ainda devem ser ouvidas pelo delegado Thiago Damasceno, que conduz o inquérito. Ao G1 o delegado havia informado que há suspeita de que o zelador de 65 anos ameaçava de morte as vítimas caso contassem a alguém sobre os abusos, dizendo que iria bater nelas e jogá-las na fossa da escola. O crime ocorria na própria escola. "O pátio da escola é muito grande e ele (suspeito) era responsável por cuidar das crianças", frisou.
A polícia também informou que o suspeito prestou depoimento e negou ter cometido os abusos. Alegou ter sido uma "invenção" de criança. Ele não foi preso.
Conforme o delegado, na denúncia consta que o zelador oferecia mangas para as meninas em troca dos abusos sexuais. "São crianças muito pobres e novas. Provavelmente, no começo elas acham que é brincadeira, até ver que a situação vai ficando mais séria", avaliou Damasceno. Ele disse ainda que as meninas relataram que o suspeito não chegou a ter conjunção carnal. "Não houve relação sexual, apenas carícias. Ele teria beijado e passado a mão nas pernas das vítimas", afirmou.
Comentários