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Cidades/Geral
Sábado - 19 de Novembro de 2005 às 13:46

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O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o transporte coletivo em Cuiabá, vereador Walter Rabello (PMDB), afirma que não existem argumentos para o aumento da tarifa (de R$ 1,60 para R$ 2,00). Ele defende ainda que a Câmara Municipal tenha autonomia para definir o valor. Seu argumento, no entanto, foi rechaçado pelo relator, vereador Luiz Poção (PSDB).

De acordo com Walter Rabello, o relatório da CPI irá comprovar as suas afirmações. Ainda não há data para o relatório ser concluído. A expectativa é de que isso ocorra em dezembro. Segundo Rabello, grande parte dos vereadores por Cuiabá já defende que a Câmara seja a responsável pela definição da tarifa. Atualmente, essa responsabilidade fica por conta da Prefeitura, que formou uma comissão com estudantes, vereadores, representantes de empresas e da Secretaria Municipal de Transportes (SMTU).

“O relatório que vamos apresentar em breve aponta que não é justo o aumento e dirá também que o serviço não é adequado para Cuiabá”, afirma Rabello. O parlamentar revela ainda que alguns parlamentares da Câmara estudam um projeto de lei para que o Legislativo seja o responsável por ratificar o valor das próximas tarifas. “Seria como as contas dos municípios, que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) apresenta ou não relatório favorável e as câmaras aprovam ou não. Do mesmo jeito seria o valor da tarifa”, completou.

O secretário de Transportes de Cuiabá, ex-deputado Emanuel Pinheiro (PSDB), promete respeitar a decisão da comissão que estuda o valor a ser adotado a partir do mês que vem. Alega que a Prefeitura não vai lucrar com a proposta e quer um valor de interesse de usuários e empresas. Diante do impasse, o Comitê de Luta pelo Transporte Coletivo (CLTP) já ocupou cinco vezes as ruas da Capital, em defesa da redução da tarifa para R$ 1,20 e ampliação do passe-livre estudantil.

Outro lado

O líder do PSDB na Câmara e relator da CPI dos Transportes, Luiz Poção, afirmou que ainda não há como prever o relatório da Comissão. Argumenta que o cálculo tarifário só poderá ser feito quando a planilha de custos for apresentada por Prefeitura e empresas. “Até lá, não temos condições de dizer se o valor pode aumentar ou se tem que diminuir”, ponderou.





Fonte: Do MidiaNews

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