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"Floribella" se despede após cumprir missão na Band
O público que nos últimos oito meses ligou a tevê na Band por volta de 20h10 já começa a se despedir de Floribella, que sai do ar na próxima sexta-feira, dia 25.
A novela, voltada para o público infanto-juvenil, estreou no dia 4 de abril e cumpriu bravamente a missão de garantir melhores índices de audiência para a emissora no horário nobre. Enquanto Globo, SBT e Record mediam forças com seus respectivos telejornais, a Band apostou na ingenuidade de Floribella para buscar um outro público. A tática deu certo.
A trama conseguiu média de cinco pontos no Ibope ao longo de sua exibição - média que se elevou para algo em torno de 5,5 desde agosto -, com picos de 6,5, o que lhe garantiu um honroso terceiro lugar no horário. E garantiu a segunda temporada para a novela, que tem previsão de ir ao ar a partir de 23 de janeiro.
A aposta em uma trama inocente com elementos lúdicos tinha como alvo tanto os adolescentes quanto os baixinhos mais ansiosos pela puberdade. Parte do público exigente e fiel dessa faixa etária foi seduzido por uma adaptação moderna da fábula da "Cinderela", que substituiu o surrado sapatinho de cristal por um colorido par de tênis. A partir deste singelo mote, o roteiro assinado por Patrícia Moretzsohn acertou tanto na escolha do tema quanto na abordagem do texto, com uma linguagem ágil e com as referências contemporâneas capazes de prender um público que se dispersa facilmente.
Entre as adaptações, destaque para as ambições de uma Cinderela moderna, que vão muito além de clichês como "casaram e foram felizes para sempre". Em Floribella, e para seu público, ser feliz é fazer sucesso em uma banda de rock.
Para encarnar essa protagonista, a escolha de Juliana Silveira mostrou-se acertada. No papel da determinada Flor, a atriz achou o tom adequado que dissociasse sua imagem da figura da personagem Júlia, que ela interpretou na temporada 2002 de Malhação. Com uma atuação mais leve e adequada à abordagem menos realista que a da novelinha da Globo, ela liderou um elenco que, se não foi brilhante, mostrou-se bastante equilibrado.
Junto da atriz, também as malvadas Suzi Rêgo e Maria Carolina Ribeiro, como Malva e Delfina, e até Roger Gobeth, como o "príncipe encantado" Fred, foram bem na trama. Além deles, o elenco contou com boas participações das belas e promissoras Eline Porto e Letícia Colin, como Juju e Marta, além da experiente Vic Amor Militello, na pele da governanta Helga Beethoven.
As boas atuações se devem também à boa direção de Sacha e Ricardo F. Pereira. A dupla conseguiu reproduzir apropriadamente a veia de humor infanto-juvenil do texto e impôs um ritmo que situou bem a história, que nunca pareceu infantil demais nem tentou se igualar a Malhação, com questionamentos já mais maduros. Em outras palavras, Floribella saiu-se como um pré-adolescente cheio de personalidade.
Para compor o quadro, os cenários e figurinos, embora às vezes pudessem soar um tanto exagerados, cumpriram a proposta da trama, de reproduzir mesmo um mundo mais colorido, economizando nas tintas realistas. Chegam a ser engraçados os detalhes de oncinha no figurino da vilã Malva, de Suzi Rêgo, como também não foram raras as flores e cores nas roupas da protagonista Flor. Igualmente muito marcada, a caracterização exagerada dos empregados confirma essa busca por uma ingenuidade expressa já nos aspectos visuais da produção.
Ao final dos quase nove meses no ar, o relativo sucesso de Floribella deve-se ao cuidado com cada detalhe da produção. A tal ponto que até a banda liderada pela protagonista, esperta e comercialmente batizada de Floribella e Sua Banda, saltasse da ficção para as prateleiras das lojas de discos. E com 180 mil unidades vendidas do CD da banda da novela - ou seria o CD da novela da Band? -, fica evidente que qualquer ingenuidade na emissora se restinge à ficção.
Na vida real, continuam valendo as cobranças e resultados que, para a novelinha, recomeçam em janeiro.
A novela, voltada para o público infanto-juvenil, estreou no dia 4 de abril e cumpriu bravamente a missão de garantir melhores índices de audiência para a emissora no horário nobre. Enquanto Globo, SBT e Record mediam forças com seus respectivos telejornais, a Band apostou na ingenuidade de Floribella para buscar um outro público. A tática deu certo.
A trama conseguiu média de cinco pontos no Ibope ao longo de sua exibição - média que se elevou para algo em torno de 5,5 desde agosto -, com picos de 6,5, o que lhe garantiu um honroso terceiro lugar no horário. E garantiu a segunda temporada para a novela, que tem previsão de ir ao ar a partir de 23 de janeiro.
A aposta em uma trama inocente com elementos lúdicos tinha como alvo tanto os adolescentes quanto os baixinhos mais ansiosos pela puberdade. Parte do público exigente e fiel dessa faixa etária foi seduzido por uma adaptação moderna da fábula da "Cinderela", que substituiu o surrado sapatinho de cristal por um colorido par de tênis. A partir deste singelo mote, o roteiro assinado por Patrícia Moretzsohn acertou tanto na escolha do tema quanto na abordagem do texto, com uma linguagem ágil e com as referências contemporâneas capazes de prender um público que se dispersa facilmente.
Entre as adaptações, destaque para as ambições de uma Cinderela moderna, que vão muito além de clichês como "casaram e foram felizes para sempre". Em Floribella, e para seu público, ser feliz é fazer sucesso em uma banda de rock.
Para encarnar essa protagonista, a escolha de Juliana Silveira mostrou-se acertada. No papel da determinada Flor, a atriz achou o tom adequado que dissociasse sua imagem da figura da personagem Júlia, que ela interpretou na temporada 2002 de Malhação. Com uma atuação mais leve e adequada à abordagem menos realista que a da novelinha da Globo, ela liderou um elenco que, se não foi brilhante, mostrou-se bastante equilibrado.
Junto da atriz, também as malvadas Suzi Rêgo e Maria Carolina Ribeiro, como Malva e Delfina, e até Roger Gobeth, como o "príncipe encantado" Fred, foram bem na trama. Além deles, o elenco contou com boas participações das belas e promissoras Eline Porto e Letícia Colin, como Juju e Marta, além da experiente Vic Amor Militello, na pele da governanta Helga Beethoven.
As boas atuações se devem também à boa direção de Sacha e Ricardo F. Pereira. A dupla conseguiu reproduzir apropriadamente a veia de humor infanto-juvenil do texto e impôs um ritmo que situou bem a história, que nunca pareceu infantil demais nem tentou se igualar a Malhação, com questionamentos já mais maduros. Em outras palavras, Floribella saiu-se como um pré-adolescente cheio de personalidade.
Para compor o quadro, os cenários e figurinos, embora às vezes pudessem soar um tanto exagerados, cumpriram a proposta da trama, de reproduzir mesmo um mundo mais colorido, economizando nas tintas realistas. Chegam a ser engraçados os detalhes de oncinha no figurino da vilã Malva, de Suzi Rêgo, como também não foram raras as flores e cores nas roupas da protagonista Flor. Igualmente muito marcada, a caracterização exagerada dos empregados confirma essa busca por uma ingenuidade expressa já nos aspectos visuais da produção.
Ao final dos quase nove meses no ar, o relativo sucesso de Floribella deve-se ao cuidado com cada detalhe da produção. A tal ponto que até a banda liderada pela protagonista, esperta e comercialmente batizada de Floribella e Sua Banda, saltasse da ficção para as prateleiras das lojas de discos. E com 180 mil unidades vendidas do CD da banda da novela - ou seria o CD da novela da Band? -, fica evidente que qualquer ingenuidade na emissora se restinge à ficção.
Na vida real, continuam valendo as cobranças e resultados que, para a novelinha, recomeçam em janeiro.
Fonte:
TV Press
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/335064/visualizar/
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