Policial militar vai a júri por matar colega de farda

O policial militar Thiago Ribeiro Campos, de 22 anos, será julgado em dezembro pelo assassinato do também policial militar Henrique César Pires de Amorim, 22 anos. O crime ocorreu no dia 27 de janeiro de 2002, no bairro CPA II, em Cuiabá. Geyson Carlos Ribeiro da Silva, de 22, foi denunciado como co-autor. Ele dirigia o carro em que estava Thiago. Como na época da instrução criminal, Geyson era réu solto, o processo foi desmembrado.

Thiago foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) por homicídio duplamente qualificado. Segundo o promotor criminal João Augusto Gadelha, o crime foi praticado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa por parte da vítima. “O crime foi premeditado”, observou.

O policial Henrique César foi alvejado com três tiros e morreu depois de ser levado para o Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC). Conforme o inquérito policial, tudo começou porque momentos antes do crime, Henrique César tentou evitar uma confusão entre o acusado e outro rapaz em um bar, na região do CPA.

Quando a vítima se dirigia para sua residência, foi abordada pelo acusado em um Escort, dirigido por Geyson Carlos. Conforme o promotor Gadelha, Thiago Campos agiu de forma premeditada, sacou a arma e efetuou os disparos, pegando a vítima de surpresa. Em seguida, os dois fugiram.

Thiago Campos se apresentou à polícia dias depois do crime e esteve preso por alguns meses na Cadeia de Santo Antônio do Leverger, após ter a prisão preventiva decretada pela juíza da 12ª Vara Criminal, Maria Aparecida Fago. Meses depois, a prisão foi revogada e o militar passou a responder pelo crime em liberdade.

O militar atualmente está morando na cidade de Sinop (município localizado a 500 quilômetros de Cuiabá) e deverá se deslocar até Cuiabá para o julgamento, marcado para o dia 13 de dezembro. Familiares de Henrique prometem lotar as galerias da 1ª Vara pedindo Justiça.

Como o processo foi desmembrado, ainda não está marcado o julgamento de Geyson. Por se tratar de réu solto, não há uma data definida. Ele foi denunciado como co-autor por homicídio duplamente qualificado.