Fidel desmente que sofra de Mal de Parkinson

Havana - O presidente de Cuba, Fidel Castro, desmentiu notícias de que estaria com Mal de Parkinson e comentou que quem acredita nos rumores sobre sua saúde deve ficar desapontado, quando observa que ele continua vivo. O líder cubano assegurou ainda que renunciaria a seu cargo se adoecesse a ponto de não poder mais governar.

"Já tentaram me matar tantas vezes", disse Fidel a líderes estudantis reunidos para uma aula magna na Universidade de Havana. "Eu me sinto melhor do que nunca", prosseguiu o presidente cubano. Segundo ele, esses rumores representam "um desapontamento atrás do outro" para aqueles que acreditam nessas notícias. A fala de Fidel aos estudantes durou pouco mais de cinco horas e meia.

O mais recente rumor sobre a saúde do líder comunista latino-americano foi publicado pelo jornal Miami Herald, que alegou ter baseado a notícia em um relatório da CIA, principal serviço secreto americano. O documento alertava a formuladores de política que se preparassem para a possibilidade de a saúde de Fidel deteriorar-se e afetar sua capacidade de governar.

Há 47 anos no poder, Fidel disse que não continuaria no cargo de presidente cubano se ficasse doente demais para governar o país. "Caso eu não me sinta mais em condições, convocarei o Partido (Comunista) e direi que não posso mais continuar e que, por favor, alguém assuma o comando", declarou. Aos 79 anos, porém, ele disse não acreditar que isso não aconteça em breve, porque pratica exercícios físicos regularmente e segue uma rigorosa deita.