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Saúde
Sexta - 18 de Novembro de 2005 às 13:18

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As mulheres que tiveram células pré-cancerígenas extirpadas de seu corpo para prevenir câncer de útero mantêm o risco de desenvolver essa doença mesmo após vinte anos, segundo um estudo publicado hoje pelo British Medical Journal.

É comumente aceito que os programas preventivos de extirpação de células que são aplicados no Reino Unido e em outras partes do mundo conseguiram reduzir o número de afetadas por essa doença, assim como o de mortes causadas pela mesma. No entanto, o novo estudo indica que o risco de desenvolver a doença permanece alto durante as duas décadas posteriores ao tratamento.

O processo de extirpação de células pré-cancerígenas é conhecido como neoplasia intra-epitelial cervical, ou NIC.

Uma equipe de cientistas da Universidade de Helsinque (Finlândia) examinou 7.564 mulheres que tinham feito NIC entre 1974 e 2001 e seguiram seu histórico até 2003. Durante esse período, de dois anos, detectaram um total de 448 novos casos de câncer, 96 a mais dos que eram esperados com base nas estatísticas sobre incidência da doença na população feminina.

Os cientistas concluíram que as mulheres que se submeteram a um NIC têm mais risco de contrair câncer nas duas décadas posteriores ao tratamento do que o resto de seus congêneres. As conclusões contrastam com outros estudos que pareciam demonstrar que o risco de câncer se estabilizava oito anos depois do tratamento.





Fonte: EFE

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