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Professores aprendem a lidar com racismo em sala de aula
Cerca de 200 professores da rede estadual de ensino aprenderam na manhã desta quinta-feira (17.11) formas diferenciadas de abordar a diversidade étnico-racial na escola. Eles, que estão em Cuiabá desde esta quarta-feira (16.11) participando do I Fórum de Educação e Diversidade, assistiram a palestra “Racismo e Educação”, ministrada pelo professor Doutor Eduardo David de Oliveira, do Instituto de Pesquisa Afrodescendência, que atua nos Estados do Ceará e Paraná.
Eduardo discutiu a implementação da lei 10.639 de janeiro de 2003, que inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira. Esta lei altera a 9.394, de Dezembro de 1996, que estabelece a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).
Na ocasião, o professor explicou que existem algumas dificuldades enfrentadas para que de fato sejam incluídas na grade curricular a História e a Cultura Africana e Afro-Brasileira. De acordo com ele, os professores não foram formados para trabalhar com este tema, faltam materiais didáticos e para-didáticos específicos, são assuntos que não estão inseridos no currículo escolar, além dos próprios tabus e preconceitos enfrentados em sala de aula.
“Quando os afro-descentes estão na escola, são naquelas periféricas, que não dispõem de recursos tecnológicos e infra-estrutura necessária. E mesmo quando não estão nas escolas periféricas, quando conseguem digamos assim, chegar nas escolas centrais, eles sofrem preconceitos e possuem menos mobilidade”, observou o palestrante.
Para ilustrar essa realidade, o professor cita dados do IBGE, segundo os quais, apenas 2% de todos os estudantes de nível superior são negros. Considerando o Ensino Médio, apenas 18% destes alunos são afrodescendentes. Já no Ensino Fundamental eles representam em torno de 40%.
“Para resolver essa situação precisamos de algumas ações que vão além da educação. E o primeiro passo é reconhecer que existe preconceito no Brasil. O segundo é denunciar as ações de racismo. Também é preciso que o governo proponha políticas afirmativas de Igualdade Racial, com a criação de políticas de Estado e não de governo; propor campanhas educativas com este tema, voltadas à saúde, educação, etc; e reconhecer todo o trabalho e legado do povo africano”, explica Eduardo.
Quanto na educação, ele frisa que a principal ação será a formação de professores. “A realização deste Fórum é um exemplo desta proposição. Além disso, desenvolver e propor conteúdos programáticos que estão de acordo com a Lei 10.639 também se faz necessário”, observa. Os conteúdos a que se refere são: o estudo da História da África e dos Africanos, da luta dos negros do Brasil, da cultura negra brasileira e do negro na formação da sociedade nacional.
Eduardo discutiu a implementação da lei 10.639 de janeiro de 2003, que inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira. Esta lei altera a 9.394, de Dezembro de 1996, que estabelece a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).
Na ocasião, o professor explicou que existem algumas dificuldades enfrentadas para que de fato sejam incluídas na grade curricular a História e a Cultura Africana e Afro-Brasileira. De acordo com ele, os professores não foram formados para trabalhar com este tema, faltam materiais didáticos e para-didáticos específicos, são assuntos que não estão inseridos no currículo escolar, além dos próprios tabus e preconceitos enfrentados em sala de aula.
“Quando os afro-descentes estão na escola, são naquelas periféricas, que não dispõem de recursos tecnológicos e infra-estrutura necessária. E mesmo quando não estão nas escolas periféricas, quando conseguem digamos assim, chegar nas escolas centrais, eles sofrem preconceitos e possuem menos mobilidade”, observou o palestrante.
Para ilustrar essa realidade, o professor cita dados do IBGE, segundo os quais, apenas 2% de todos os estudantes de nível superior são negros. Considerando o Ensino Médio, apenas 18% destes alunos são afrodescendentes. Já no Ensino Fundamental eles representam em torno de 40%.
“Para resolver essa situação precisamos de algumas ações que vão além da educação. E o primeiro passo é reconhecer que existe preconceito no Brasil. O segundo é denunciar as ações de racismo. Também é preciso que o governo proponha políticas afirmativas de Igualdade Racial, com a criação de políticas de Estado e não de governo; propor campanhas educativas com este tema, voltadas à saúde, educação, etc; e reconhecer todo o trabalho e legado do povo africano”, explica Eduardo.
Quanto na educação, ele frisa que a principal ação será a formação de professores. “A realização deste Fórum é um exemplo desta proposição. Além disso, desenvolver e propor conteúdos programáticos que estão de acordo com a Lei 10.639 também se faz necessário”, observa. Os conteúdos a que se refere são: o estudo da História da África e dos Africanos, da luta dos negros do Brasil, da cultura negra brasileira e do negro na formação da sociedade nacional.
Fonte:
Assessoria/Seduc-MT
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/335405/visualizar/
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