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Agronegócios
Sexta - 18 de Novembro de 2005 às 08:08

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Homero Pereira fala aos acadêmicos de direito da Unemat As declarações do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, feitas no Congresso Nacional, de que ele foi escolhido para executar a atual política agrícola do Brasil, e nenhuma outra, foi recebida com pessimismo pelos produtores rurais de Mato Grosso.

Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), Homero Pereira, diante desta disposição do governo federal, o cenário da agropecuária nacional será ainda pior em 2006. Pereira fez duras críticas a política econômica na IV Semana de Eventos Econômicos, da Unemat, no campus de Sinop (500 km de Cuiabá), nesta quinta-feira (17). "A política econômica do governo federal é perversa para quem produz hoje no País. Ela (a política) só traz benefícios aos especuladores do mercado internacional que lucram com os juros altos e não investem no Brasil. O setor produtivo está quebrando, enquanto as instituições financeiras estão fechando o ano com balanços bilionários. É uma vergonha para um País com o nosso potencial", afirmou Homero Pereira.

Segundo o líder ruralista, o governo Lula comete um equívoco ao manter os atuais mecanismos de controle da inflação. Mesmo com o Real supervalorizado e a inflação em queda, o Índice de Preços Pagos (IPP) pelo produtor rural na cesta de insumos para o plantio da safra registra aumentos de até 200%.

O presidente da Famato falou aos acadêmicos do curso de Economia da Unemat sobre Os Desafios para o Mercado Regional no Âmbito do Agronegócio e as Estratégias Competitivas para a retomada do Crescimento Socioeconômico. Homero Pereira traçou um panorama da agropecuária brasileira e mato-grossense e do crescimento do setor nos últimos 15 anos. Em Mato Grosso, em 1991, a área plantada não chegava a 2 milhões de hectares e a produção era de 3,991 milhões de toneladas. Na safra 2004/2005, os agricultores do Estado plantaram 8,550 milhões de ha e produziram 24,303 milhões de toneladas. O setor é responsável por 32% da mão de obra e representa 60% do Produto Interno bruto (PIB) do Estado.

Segundo Pereira, para 2005/2006 as perspectivas indicam redução da safra de grãos, de tecnologia na produção e redução de empregos. Os desafios que os produtores rurais terão que superar são a competitividade no mercado, a falta de infraestrutura e de logística para o escoamento da produção, a falta de uma política econômica de médio e longo prazos e a sustentabilidade socioeconômica e ambiental. "È preciso ter estratégias definidas a partir de pesquisa de mercado, da diversificação da produção, realizar a abertura de novos mercados e buscar alianças para competir no mercado com igualdade de condições", apontou o presidente da Famato.





Fonte: Do MidiaNews

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