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Saúde
Sexta - 18 de Novembro de 2005 às 07:20

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Uma experiência genética realizada nos Estados Unidos conseguiu fazer com que certos organismos vivessem seis vezes mais do que o normal, o que abre caminho para a pesquisa de tratamentos para retardar o envelhecimento humano, publica hoje The Guardian.

Segundo o jornal, cientistas da Universidade do Sul da Califórnia, entre eles o gerontologista biomédico Valter Longo, conseguiram manipular o gene responsável pelo ritmo do envelhecimento dos seres vivos.

A experiência foi feita em seres monocelulares, dos quais foram extraídos dois genes-chave, o Sir2 e o SCH9, este último encarregado de transformar os nutrientes em energia.

Os cientistas forçaram as células a alcançar um estado "de extrema sobrevivência" ao negar-lhes acesso aos alimentos, explica o diário.

Em lugar de crescer rapidamente e mostrar sinais de envelhecimento, os organismos ficaram mais fortes e foram mais capazes de consertar os defeitos genéticos que aparecem com a idade, que freqüentemente levam ao câncer.

"Com esta manipulação genética, obtém-se uma das maiores médias de tempo de vida já descritas", ressalta o professor Longo.

"Temos razões para acreditar que este efeito se reproduz em outros organismos", acrescenta. "Agora experimentaremos com células de ratos e humanas para ver se obteremos a mesma resposta", explica.

Pesquisas anteriores demonstraram que uma restrição da dieta pode retardar a velhice em 40% do tempo em moscas, vermes e ratos, que adaptam o organismo para deter o crescimento e o envelhecimento, embora isto aconteça em detrimento da capacidade reprodutiva.

Os cientistas investigam agora tratamentos que podem retardar o processo de envelhecimento sem a necessidade de reduzir a ingestão de alimentos, destaca The Guardian.

"Não estamos longe de começar a pensar em desenvolver fármacos capazes de pôr o ser humano em um estado de anti-envelhecimento", assegura Longo ao jornal.

"Isso não quer dizer que vamos viver seis vezes mais, mas poderemos desacelerar o dano genético que acumulamos com a idade, o que poderia nos proteger do câncer", acrescenta.





Fonte: EFE

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