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Internacional
Sexta - 18 de Novembro de 2005 às 03:25

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Havana - Em um discurso para centenas de estudantes na Sala Magna da Universidade de Havana, o presidente cubano, Fidel Castro, classificou o Estado de Israel de "pró-nazista" e o acusou de ser "um grande cúmplice" do governo dos Estados Unidos.

Castro se referiu à "aplastante votação" que alcançou a resolução cubana contra o bloqueio econômico dos EUA na Assembléia Geral das Nações Unidas, no começo do mês.

A proposta de Cuba obteve o respaldo de 182 países. Somente Israel, Palau, Ilhas Marshall e EUA votaram contra e a Micronésia se absteve. Fidel utilizou a votação para denunciar "um grande bandido (EUA), e um grande cúmplice desse bandido que é o Estado pró-nazista de Israel".

"Aqueles que tais crimes cometem, o fizeram em nome de um povo que durante mais de 1.500 anos sofreu uma perseguição no mundo e que foi vítima dos mais atrozes crimes na II Guerra Mundial", acrescentou. O líder cubano ressaltou que "o povo de Israel não tem nenhuma culpa dessas selvagerias imperiais sustentadas pelo império e que levam ao holocausto de um povo inteiro, que é o palestino".

Cuba não tem relações com Israel desde 1973, quando o Governo da ilha caribenha decidiu romper seus vínculos com esse Estado em solidariedade com os palestinos, durante uma conferência do Movimento de Países Não-Alinhados (NOAL) realizada na Líbia. Atualmente, a embaixada do Canadá atende aos interesses de Israel em Cuba.

As críticas de Fidel Castro a Israel, coincide com uma informação publicada em um diário israelense, segundo a qual o Ministério de Exteriores recomendou a seus cidadãos não visitar Cuba, com o argumento de que podem ser presos ou vítimas de delinqüentes. Segundo meios de comunicação israelenses, um turista israelense foi assassinado há duas semanas em Havana.





Fonte: EFE

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