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Novas tecnologias ajudam em desigualdade entre sexos
Se a exclusão digital tivesse um rosto, teria o rosto de mulher. A constatação é dos grupos feministas que participam da Cúpula Mundial da Sociedade da Informação, na Tunísia. As mulheres alertam que as novas tecnologias de informação e comunicação, as chamadas TICs, estão contribuindo para aumentar ainda mais a desigualdade entre homens e mulheres em termos de oportunidades e recursos.
Segundo elas, não se trata apenas de falta de acesso a internet. "O problema é que as mulheres não estão se envolvendo com tecnologia e estão ficando para trás em um campo cheio de oportunidades econômicas, sociais e culturais", afirma a ativista filipina Chat Garcia Ramilo, coordenadora da organização não-governamental (ONG) internacional Programa de Apoio a Redes de Mulheres.
Na nova Sociedade da Informação e do Conhecimento, as novas tecnologias de comunicação são estratégicas para o desenvolvimento. As TICs estão remodelando o comércio, o aprendizado, os métodos de governo e a interação entre diferentes setores e grupos da sociedade.
"É uma área nova, com muitas oportunidades de trabalho, mas que esta sendo ocupada completamente pelos homens", diz a brasileira Magaly Pazello, da ONG internacional Rede Down (Desenvolvendo Alternativas com Mulheres para uma Nova Era). "Se não estivermos lá, estaremos reproduzindo o modelo de desigualdade nas relações de gênero", afirma.
Uma pesquisa feita em 2003 na Costa Rica mostrou que as mulheres representavam 60% dos estudantes universitários e os homens, 40%. Mas, nos cursos de tecnologia, 78% dos alunos eram homens e 22% mulheres. Entre os proprietários de empresas de TICs, apenas 7% eram do sexo feminino, e, entre os funcionários, apenas 10%, sendo que a maioria das mulheres trabalhava como secretaria ou digitadora.
A situação não é muito diferente em países desenvolvidos. Uma recente pesquisa realizada na Austrália mostrou que o percentual de mulheres trabalhando com tecnologias de informação e comunicação não passava dos 16%, representando apenas 1% do total de mulheres empregadas no país em 2004.
Para as ativistas, a ausência de mulheres na industria de TIC é uma realidade preocupante não apenas por contribuir para a desigualdade econômica de gênero, mas também porque todas as ferramentas e linguagens do setor estão sendo desenvolvidas a partir de uma perspectiva exclusivamente masculina que ignora os valores e necessidades das mulheres.
O movimento de mulheres vem fazendo campanhas, nos últimos anos, por uma maior participação feminina em funções técnicas - como desenvolvimento de programas de computadores e desing de websites - e pela ascensão das mulheres a postos de liderança no setor. Depois de grande esforço de convencimento diplomático, as ativistas conseguiram que a declaração final da Cúpula Mundial da Sociedade da Informação em Tunis incluísse a necessidade de os paises desenvolverem a capacitação e a autoconfiança das mulheres na área de TIC.
A declaração final da Cúpula não garante a aprovação de políticas específicas para a inclusão digital das mulheres, mas a brasileira Magaly Pazello diz que a referência confere legitimidade às reivindicações. As ativistas vão usar o documento para pedir políticas públicas que tornem essas tecnologias uma ferramenta eficaz para o desenvolvimento das mulheres e para a promoção da igualdade de gênero.
Segundo elas, não se trata apenas de falta de acesso a internet. "O problema é que as mulheres não estão se envolvendo com tecnologia e estão ficando para trás em um campo cheio de oportunidades econômicas, sociais e culturais", afirma a ativista filipina Chat Garcia Ramilo, coordenadora da organização não-governamental (ONG) internacional Programa de Apoio a Redes de Mulheres.
Na nova Sociedade da Informação e do Conhecimento, as novas tecnologias de comunicação são estratégicas para o desenvolvimento. As TICs estão remodelando o comércio, o aprendizado, os métodos de governo e a interação entre diferentes setores e grupos da sociedade.
"É uma área nova, com muitas oportunidades de trabalho, mas que esta sendo ocupada completamente pelos homens", diz a brasileira Magaly Pazello, da ONG internacional Rede Down (Desenvolvendo Alternativas com Mulheres para uma Nova Era). "Se não estivermos lá, estaremos reproduzindo o modelo de desigualdade nas relações de gênero", afirma.
Uma pesquisa feita em 2003 na Costa Rica mostrou que as mulheres representavam 60% dos estudantes universitários e os homens, 40%. Mas, nos cursos de tecnologia, 78% dos alunos eram homens e 22% mulheres. Entre os proprietários de empresas de TICs, apenas 7% eram do sexo feminino, e, entre os funcionários, apenas 10%, sendo que a maioria das mulheres trabalhava como secretaria ou digitadora.
A situação não é muito diferente em países desenvolvidos. Uma recente pesquisa realizada na Austrália mostrou que o percentual de mulheres trabalhando com tecnologias de informação e comunicação não passava dos 16%, representando apenas 1% do total de mulheres empregadas no país em 2004.
Para as ativistas, a ausência de mulheres na industria de TIC é uma realidade preocupante não apenas por contribuir para a desigualdade econômica de gênero, mas também porque todas as ferramentas e linguagens do setor estão sendo desenvolvidas a partir de uma perspectiva exclusivamente masculina que ignora os valores e necessidades das mulheres.
O movimento de mulheres vem fazendo campanhas, nos últimos anos, por uma maior participação feminina em funções técnicas - como desenvolvimento de programas de computadores e desing de websites - e pela ascensão das mulheres a postos de liderança no setor. Depois de grande esforço de convencimento diplomático, as ativistas conseguiram que a declaração final da Cúpula Mundial da Sociedade da Informação em Tunis incluísse a necessidade de os paises desenvolverem a capacitação e a autoconfiança das mulheres na área de TIC.
A declaração final da Cúpula não garante a aprovação de políticas específicas para a inclusão digital das mulheres, mas a brasileira Magaly Pazello diz que a referência confere legitimidade às reivindicações. As ativistas vão usar o documento para pedir políticas públicas que tornem essas tecnologias uma ferramenta eficaz para o desenvolvimento das mulheres e para a promoção da igualdade de gênero.
Fonte:
Agência Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/335449/visualizar/
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