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Internacional
Quinta - 17 de Novembro de 2005 às 18:25

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Após nove horas de votação, começou no Sri Lanka a apuração dos votos nas eleições presidenciais realizadas hoje, cujo resultado será conhecido amanhã. No Colégio Universitário D.S.Senanamayake, o maior centro de apuração da capital Colombo, centenas de pessoas contavam as cédulas que determinarão o rumo da vida política do país nos próximos anos.

Em uma das salas, aproximadamente 60 funcionários públicos conversavam alegremente enquanto o supervisor comprovava se toda a documentação estava correta antes de dar o sinal verde para o início da apuração. A contagem dos votos no local acontece sob o olhar atento de duas jovens observadoras tchecas pertencentes à Missão de Observação da União Européia (UE).

Nos pátios e corredores, as pessoas se reuniam em torno de televisões e rádios para saber de novidades sobre as eleições, enquanto um funcionário repetia num megafone as instruções para contabilizar os votos.

Samarat Codi, professor de Educação Física que permanecerá no local contando votos até o início da madrugada, disse à EFE que está "muito contente de fazer parte do processo". "Eu trabalho nesta faculdade, esta é minha sala e, além disso, a caixa que contém meu voto também está aqui", disse.

Em geral, todos se mostravam muito orgulhosos com o fato de o pleito ter transcorrido em relativa calma, sob a vigilância de mais de 100 mil agentes de segurança em todo o país.

Junto com outras mulheres vestidas com o tradicional "sari" branco, D.K. Ramanayake esperava as instruções do supervisor para abrir as urnas de madeira seladas. "Estou muito contente por contribuir com meu grão de areia à democracia", disse ao lembrar que já havia participado de processos como este antes, assim como outros muitos funcionários eleitorais, já que aconteceram quatro pleitos nos últimos seis anos na ilha.

Depois de verificado se tudo estava correto, um funcionário rompeu o selo da primeira urna e espalhou sobre uma mesa as cédulas com os nomes dos candidatos e os símbolos que os representam: uma mesa, um elefante, uma folha de betel, uma chave de fenda, um cisne, uma jarra de flores e tesouras.

Na entrada dos colégios eleitorais, cartazes explicavam que era proibido fumar, tirar fotos e entrar nos locais de votação com armas e telefones celulares.

Entre os representantes dos diferentes partidos políticos também dominava o bom humor hoje à noite, e todos afirmavam estar convencidos da vitória de seus candidatos.

P.Ranasinging, representante da Aliança de Unidade Popular pela Liberdade, manifestou à EFE sua completa convicção de que "o processo acontecerá com clareza e de que o vencedor será Mahinda Rajapakse", o atual primeiro-ministro do Sri Lanka.

Já Mohammed Facy, do opositor Partido de Unidade Nacional, liderado por Ranil Wickremesinghe, afirmou sorrindo que representa o "partido vencedor". "Por enquanto, não detectamos nenhuma irregularidade nos centros de apuração", acrescentou.

Enquanto isso, as ruas da cidade eram patrulhadas conjuntamente pela Polícia, pela Marinha, pela Força Aérea e pelo Exército, que paravam os veículos e pediam documentos aos motoristas para garantir que o dia de votação acabaria com a mesma tranqüilidade com que começou.

Quase não foram registrados incidentes hoje, com a exceção das zonas do norte e do leste da ilha, onde houve alguns confrontos e ataques, embora muito menores que em eleições anteriores.




Fonte: Agência EFE

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