"Restou apurado nos autos que o acusado em momento algum se furtou da responsabilidade em responder pelo crime praticado. Pelo contrário, apresentou-se perante a autoridade policial, sendo preso, inclusive, em seu trabalho. Ainda, ressai dos autos que o fato foi isolado na vida do réu que não ostenta nenhuma mancha em sua ficha criminal, seja na qualidade de civil, seja na qualidade de policial militar", disse a magistrada, em trecho da decisão.
De acordo com a defesa do acusado, o réu não premeditou o crime e agiu por impulso após flagrar a mulher mantendo relações sexuais com o primo, que morava junto com o casal. "Ele [Fernando] não usou de emboscada para matar as vítimas", argumentou o advogado Paulo Fabrini ao G1. No entanto, se for condenado, o acusado pode pegar de 6 a 20 anos de prisão por homicídio simples.
Em depoimento, o policial se disse arrependido do crime. Ele relatou que chegou em casa e encontrou o primo e a mulher no sofá, o que o deixou atordoado. "Foi um choque muito grande quando eu vi essa cena porque ele (primo) morava comigo desde pequeno, sempre cuidei dele, dela. Ele ficou dois anos ele sem trabalhar, nunca cobrei nada, luz, água. Eu amava os dois, estou arrependido, mas, infelizmente, nunca imaginei que eles pudessem fazer isso comigo", alegou o PM.
Depois de matar as vítimas, o acusado fugiu com a filha de três anos e após alguns dias se apresentou na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá. O crime ocorreu no dia 28 de março deste ano dentro da residência do PM, no bairro Porto, na capital.
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