Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Quinta - 17 de Novembro de 2005 às 13:46

    Imprimir


Cerca de 500 pessoas participarão do “1º Congresso Mato-grossense de DST, HIV/Aids e Hepatites Virais em Perinatologia”, realizado pela Secretaria de Estado de Saúde (Ses), por meio da Superintendência de Atenção Integral à Saúde (SAI). O evento acontecerá entre os dias 01 a 03 de dezembro deste ano, a partir das 8h, no Centro de Eventos Pantanal, em Cuiabá. “O objetivo é contribuir com a elaboração de políticas públicas eficientes na prevenção à transmissão vertical do HIV/DST e hepatites virais”, disse a coordenadora estadual do Programa Estadual de DST/Aids, Maria Helena Lopes.

O congresso vai reunir gestores estaduais e municipais, profissionais de saúde da atenção básica e saúde bucal, da assistência secundária e terciária, das Vigilâncias Epidemiológicas, dos laboratórios regionais, do MT-Laboratório, estudantes e residentes e representantes da sociedade civil organizada.

No primeiro dia (01.12), serão realizadas nove oficinas pré-congresso, sendo que cada uma contará com a participação de 25 profissionais da saúde de todo o Estado. A abertura oficial do congresso será no mesmo dia, às 19 horas, com a presença do secretário de Estado de Saúde, Augustinho Moro. O tema da conferência de abertura será “A transmissão vertical do HIV”, com a representante do Ministério da Saúde, Ana Lucia Ribeiro Vasconcelos.

Maria Helena explicou que o congresso também visa contribuir com a melhoria da qualidade de atenção sexual e reprodutiva da mulher e o aprimoramento dos conhecimentos dos profissionais que lidam com gestantes sobre a prevenção e tratamento das DST/Aids e das hepatites virais. “A transmissão vertical destas doenças, ou seja, da mãe para o feto é totalmente prevenível se a mãe tiver uma boa assistência durante o pré-natal e no parto”, afirmou.

A recomendação é que, no pré-natal inclua a realização, por parte da gestante, de pelo menos seis consultas, sendo a primeira antes de completar três meses de gravidez. Maria Helena recomendou, também, a realização, no primeiro trimestre, dos exames de HIV e VDRL (sífilis). “Os exames de HIV e VDRL são importantes para que, se detectada algumas destas doenças, a mãe possa ser tratada e assim evitar a transmissão para o bebê”, alertou.

A coordenadora revelou que, quando a mãe é tratada e medicada adequadamente, as chances da criança não contrair o vírus HIV é de 98%. Já em relação à sífilis, a possibilidade do bebê nascer sadio é de 100%. “O tratamento contra a sífilis é barato e o medicamento encontrado as unidades básicas de saúde. Já em relação ao HIV, tanto a mãe como o bebê devem ter todo acompanhamento e assistência necessária no pré, durante e no pós-parto e o medicamento também é disponibilizado pelo Sus”, comentou.

Para Maria Helena um instrumento que representa um bom acompanhamento no pré-natal é o cartão da gestante. Este cartão deve conter dados como exames realizados, peso, tipo sangüíneo, evolução do pré-natal, possíveis intercorrências ou doenças, entre outras informações. “O cartão da gestante, preenchido corretamente, significa qualidade na assistência à gestante”, disse.

Ela lembrou ainda que caso a mãe não conheça sua condição sorológica, a maternidade em que se encontra é obrigada a oferecer o teste rápido para sífilis e HIV antes do parto. O grau de efetividade do teste rápido é de 95%. A criança que nasce de uma mãe soropositiva é monitorada por dois anos e não deve ser amamentada no peito.




Fonte: Da Assessoria

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/335506/visualizar/