Escolas devem ensinar história dos povos indígenas

Discutir uma educação para os povos indígenas, ou seja, como lidar com a diversidade Étnica na escola. Este foi o tema de palestra proferida pela professora Mestre Lucybeth de Arruda, na tarde desta quarta-feira (16.11), durante o I Fórum de Educação e Diversidade.

Cerca de 200 profissionais da Educação de todo o Estado estão participando do evento, realizado pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) em parceria com o Ministério da Educação (MEC), entre os dias 16 e 18, no Hotel Fazenda Mato Grosso.

Ao abordar a temática da Diversidade Étnica e Educação, a professora Lucybeth chamou a atenção para a forma como a história dos povos indígenas vem sendo tratada nas salas de aula. “A gente vê ao longo do tempo o silêncio dos livros didáticos”, ressalta a professora, ao observar que na escola sempre se aprendeu que os índios não eram escravizados por serem muito preguiçosos. “E a gente sabe que a história não é essa”, acrescentou.

“Com chegada dos portugueses, o índio perde as respectivas identidades e se transformam todos em índios simplesmente”, disse a professora ao ressaltar que não há hoje, para o não-índio, uma diferenciação entre os povos indígenas. Para reforçar esta descaracterização houve a necessidade de branqueamento dos povos indígenas, colocada pelos intelectuais da época.

Para tratar a Diversidade Étnica na escola, Lucybeth de Arruda destaca que é fundamental ensinar a história dos índios e trabalhar as disciplinas de forma criativa para que os alunos não se sintam distante de sua realidade. “Existem muitos jogos indígenas que podem ser utilizados”, sugere.

Para o gerente de Políticas Curriculares da Seduc e um dos coordenadores do Fórum, Suelme Evangelista Fernandes, o evento busca trabalhar com os professores uma forma adequada de lidar com essas diferenças. “A Seduc busca discutir as várias formas de racismo e diferenças e alcançar, além de alunos e professores, os pais e a sociedade em geral”, pondera Suelme Evangelista.

Após a palestra a professora Ema Maria Silveira, da Seduc, mediou uma Mesa Redonda sobre o assunto. Participaram representantes de Organizações Não Governamentais (ONGs) e Entidades Sociais.