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Rússia resiste a pressões para proibir adoção por estrangeiros
A Rússia deveria resistir a pressões populares para impedir que estrangeiros adotem crianças do país, afirmou na quarta-feira uma importante autoridade da área judírica do governo, que, porém, reclamou do fato de famílias norte-americanas ricas expulsarem as famílias russas do "mercado de adoções".
Os russos ficaram furiosos com as notícias recentes sobre a morte de mais de dez crianças do país nas mãos de suas novas famílias no exterior e agora fazem pressão para que os estrangeiros sejam proibidos de adotar órfãos na Rússia.
Ativistas dos direitos da criança dizem que as mortes são uma exceção e acreditam que seria errado dificultar o acesso dos estrangeiros às adoções já que, muitas vezes, eles representam a única chance de essas crianças terem uma vida normal.
Mais de 150 mil crianças são candidatas à adoção na Rússia atualmente e muitas delas vivem em condições miseráveis dentro de orfanatos com poucas verbas.
"Algumas pessoas estão sugerindo uma moratória nas adoções feitas por estrangeiros. Isso, eu posso dizer claramente, seria contrário às leis internacionais e às leis russas," afirmou o vice-procurador-geral do país, Vladimir Kolesnikov, em um pronunciamento feito diante do Parlamento.
Nos últimos 12 anos, o número de adoções feitas por estrangeiros aumentou em mais de quatro vezes ao mesmo tempo em que o número de adoções feitas por russos caiu pela metade. No ano passado, cerca de 17 mil crianças foram adotadas no país e metade delas seguiu para o exterior — a maioria para os EUA.
"Queremos que os órfãos sejam criados em sua maioria dentro de famílias russas. Mas, se os entregamos a estrangeiros, deveríamos saber o que se passa com eles," afirmou Yekaterina Lakhova, chefe da comissão parlamentar para os assuntos das mulheres e das crianças.
Segundo Kolesnikov, era mais fácil para os estrangeiros adotar os órfãos porque eles tinham mais dinheiro disponível para subornar as notoriamente corruptas autoridades russas.
"Há agências que ajudam os estrangeiros. O preço pago atualmente para adotar uma criança russa está entre 15 mil e 80 mil dólares. E parte desse dinheiro é usado para subornar autoridades."
Kolesnikov também condenou a prática de permitir que as crianças viagem de "férias" para os EUA. As viagens, segundo o vice-procurador-geral, acabam servindo como um processo de seleção, dando às famílias a oportunidade de "testar" as crianças antes de adotá-las.
Os russos ficaram furiosos com as notícias recentes sobre a morte de mais de dez crianças do país nas mãos de suas novas famílias no exterior e agora fazem pressão para que os estrangeiros sejam proibidos de adotar órfãos na Rússia.
Ativistas dos direitos da criança dizem que as mortes são uma exceção e acreditam que seria errado dificultar o acesso dos estrangeiros às adoções já que, muitas vezes, eles representam a única chance de essas crianças terem uma vida normal.
Mais de 150 mil crianças são candidatas à adoção na Rússia atualmente e muitas delas vivem em condições miseráveis dentro de orfanatos com poucas verbas.
"Algumas pessoas estão sugerindo uma moratória nas adoções feitas por estrangeiros. Isso, eu posso dizer claramente, seria contrário às leis internacionais e às leis russas," afirmou o vice-procurador-geral do país, Vladimir Kolesnikov, em um pronunciamento feito diante do Parlamento.
Nos últimos 12 anos, o número de adoções feitas por estrangeiros aumentou em mais de quatro vezes ao mesmo tempo em que o número de adoções feitas por russos caiu pela metade. No ano passado, cerca de 17 mil crianças foram adotadas no país e metade delas seguiu para o exterior — a maioria para os EUA.
"Queremos que os órfãos sejam criados em sua maioria dentro de famílias russas. Mas, se os entregamos a estrangeiros, deveríamos saber o que se passa com eles," afirmou Yekaterina Lakhova, chefe da comissão parlamentar para os assuntos das mulheres e das crianças.
Segundo Kolesnikov, era mais fácil para os estrangeiros adotar os órfãos porque eles tinham mais dinheiro disponível para subornar as notoriamente corruptas autoridades russas.
"Há agências que ajudam os estrangeiros. O preço pago atualmente para adotar uma criança russa está entre 15 mil e 80 mil dólares. E parte desse dinheiro é usado para subornar autoridades."
Kolesnikov também condenou a prática de permitir que as crianças viagem de "férias" para os EUA. As viagens, segundo o vice-procurador-geral, acabam servindo como um processo de seleção, dando às famílias a oportunidade de "testar" as crianças antes de adotá-las.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/335642/visualizar/
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